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Publicado em 11 de fevereiro de 2022 às 15h26min
Tag(s): Protesto Universidades Federais
Foto: Glícia Lopes/DCE Univasf
Os tempos sombrios que o Brasil atravessa não poupam ninguém: a vítima da vez é o presidente do DCE da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, o estudante Bruno de Melo. A sua atuação independente e crítica à atual gestão do reitor interventor da universidade está lhe rendendo uma árdua perseguição política dentro da instituição.
Desde que tomou posse, ainda em abril de 2020, o reitor interventor Paulo Fagundes, derrotado nas eleições internas da Universidade, ganhou projeção nacional quando entrou para a lista dos servidores públicos que mais gastaram com viagens e diárias. Enquanto as bolsas estudantis estão atrasadas, prédios da universidade interditados e obras suspensas, a gestão do reitor interventor do MEC assumiu gastos de montante superior a 190 mil reais em viagens e diárias.
A legalidade da gastança não garante a moralidade da ação. Ao denunciar esse fato, os órgãos internos da Universidade se puseram a perseguir o estudante Bruno de Melo, abrindo, pasme, um processo administrativo contra o presidente do órgão de representação estudantil. Acolhido de forma imediata e célere, a denúncia anônima feita contra o estudante deu início a uma voraz perseguição política contra a sua atuação.
De fato, não se podia esperar nada de diferente de um professor que, derrotado nas eleições internas de sua universidade e sem o respaldo de seus pares para tocar a gestão que não lhe foi conferida legitimamente, aceitou o triste papel de entrar para a história como um interventor desse governo que, igual ao seu perfil, também nutre ímpetos autoritários. Repudiamos tal atitude da gestão da UNIVASF e nos colocamos de forma veemente ao lado de Bruno de Melo.
Os/as educadores/as da educação básica pública brasileira se somam à solidariedade empenhada ao Presidente do DCE da UNIVASF por amplos setores do movimento educacional do país e não se furtarão a denunciar essa perseguição em todas as nossas esferas de atuação.
Fonte: CNTE