Publicado em 21 de março de 2022 às 15h56min
Tag(s): Racismo
Em 21 de março celebra-se o Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em referência a uma ação policial autoritária e violenta que ficou conhecida como Massacre de Sharpeville.
Na ocasião, mais de 20 mil pessoas protestavam em Joanesburgo, na África do Sul, contra a Lei do Passe, que impunha à população negra portar um cartão com identificação dos locais em que podiam circular. A despeito de ser um ato pacífico, a polícia do regime de Apartheid atacou a multidão desarmada, matando 69 pessoas e ferindo outras 186.
Mudamos cenários e atores políticos, mas a violência racial (física e simbólica), atualizada, se repete em todos os cantos do mundo. De acordo com dados do Atlas da Violência 2021, negros têm mais que o dobro de chance de serem assassinados no Brasil, e esses números só aumentam a cada ação policial na periferia das nossas cidades. Essa realidade precisa ser enfrentada.
Enxergando que, para além de um sindicato de representação docente, somos uma entidade que luta pelos Direitos Humanos, pela inclusão e pelo respeito às diferenças, neste 21 de março, nós que fazemos o ADURN-Sindicato reiteramos a nossa disposição para seguir enfrentando qualquer tipo de discriminação racial, tenha ela origem no governo racista que temos à frente do nosso país, ou nas relações mais próximas, dentro e fora da academia.
