Entidades estudantis pedem a saída de Milton Ribeiro do MEC

Publicado em 23 de março de 2022 às 10h03min

Tag(s): Ministério da Educação



UNE, UBES e ANPG cravam que ministro perdeu as condições de permanecer no cargo após vazamento de áudio que indica favorecimento a pastores

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Após o vazamento de um áudio que indica a atuação de um gabinete paralelo dentro do Ministério da Educação, entidades que representam estudantes secundaristas e de nível superior pedem a saída de Milton Ribeiro do cargo.

Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) classificaram como ‘estarrecedora’ a gravação em que o ministro Milton Ribeiro admite beneficiar amigos de determinados pastores na liberação de verbas públicas do MEC, atendendo ordem direta do presidente da República.

As instituições afirmam que o MEC se configura como um ‘grande balcão de negócios’ a serviço de esquemas eleitorais do presidente.

“Trata-se do funcionamento de um gabinete paralelo, funcionando às margens da legalidade e sob critérios políticos e ideológicos nada republicanos. No momento em que vivemos a maior crise da educação brasileira, quando milhares de jovens evadem das escolas e universidades e pós-graduandos padecem com 9 anos de bolsas congeladas, realidade que exigiria do Ministro um grande esforço para reverter esse cenário, vimos o ministério ser transformado num grande balcão de negócios a céu aberto para alimentar esquemas eleitorais do presidente“, grafam.

As instituições repudiam o que chamam de ‘negociata’, cobram transparência e pedem a saída de Milton Ribeiro do Ministério da Educação.

“Se antes, por não lutar por avanços na educação brasileira, já não reunia condições de seguir à frente do MEC, diante deste escândalo, o ministro perdeu todas as condições de permanecer no cargo. É imperioso que o Congresso Nacional, em sua atividade de fiscalização do Executivo, e o Ministério Público Federal e autoridades judiciárias tomem providências para cessar esse descalabro”.

Fonte: Carta Capital

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