Oposição quer acelerar a criação de CPI do MEC e centrão tenta barrar

Publicado em 05 de abril de 2022 às 17h43min

Tag(s): MEC



O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já conseguiu metade das 27 assinaturas necessárias. Na Câmara, o deputado professor Israel Batista (PV-DF) está perto de reunir 100 das 171. Ninguém do centrão assinou

 

 
notice

 

 

Oposição e a base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro travam uma disputa em torno da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC. Na falta de informações, já que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro não compareceu à comissão do Senado para esclarecer o esquema de distribuição de recursos intermediado por pastores, senadores oposicionistas decidiram pela criação de uma CPI para apurar denúncias de irregularidades na pasta.

Conforme o Estadão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já conseguiu metade das 27 assinaturas necessárias para a abertura da CPI e não haveria imposição de obstáculos por parte do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Devo conseguir o total do apoiamento nesta semana que será de esforço concentrado”, disse.

Randolfe, que é líder da oposição, apresentou requerimento para a instalação da CPI na semana passada. O objetivo é apurar a atuação dos pastores em uma espécie de gabinete paralelo no MEC, que envolvia até a cobrança de propina em troca da liberação de recursos para escolas.

Já os partidos do centrão se articulam para barrar a criação da CPI e abafar o escândalo do esquema de propinas no MEC, agora fortalecido com o superfaturamento dos ônibus escolares.

Centrão contra a CPI do MEC

Um requerimento do deputado professor Israel Batista (PV-DF) está perto de reunir 100 das 171 assinaturas para a instalação de uma CPI na Câmara e dez dos 27 senadores.

No entanto, nenhum deputado dos partidos da base do apoio a Jair Bolsonaro, como o PP de Ciro Nogueira, PL de Valdemar Costa Neto ou Republicanos de Marcos Pereira, endossou o documento.

O governo segue desgastado apesar da saída do ex-ministro Milton Ribeiro. Ontem, o ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União (TCU), liberou inspeção para apuração de possíveis irregularidades no MEC.

A justificativa foi a gravidade dos fatos, que “exige atuação imediata desta Corte, não sendo prudente postergar as apurações para processo de fiscalização ainda a ser instaurado”.

O objetivo, segundo o ministro do TCU, é conceder subsídios à “fiscalização mais abrangente”, no caso, uma CPI.

Fonte: CUT

ADURN Sindicato
84 3211 9236 [email protected]