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Publicado em 13 de abril de 2022 às 17h47min
Informações sobre encontros de Bolsonaro com os pastores poria em risco a vida do presidente e de seus familiares
São Paulo – A preocupação do governo de Jair Bolsonaro com as denúncias de corrupção é tamanha que não basta tentar barrar a CPI do MEC. Agora o governo impõe sigilo em informações relativas aos encontros do presidente com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Ambos são investigados pela Polícia Federal após denúncias de operarem esquema de cobrança de propinas no Ministério da Educação. Inclusive com pedido de barras de ouro para ajudar na liberação de recursos da pasta.
Segundo reportagem publicada hoje (13) pelo jornal O Globo, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo ministro Augusto Heleno, se manifestou de maneira contrária ao fornecimento de informações via Lei de Acesso a Informação. O GSI alegou que a informação solicitada “poderia colocar em risco a vida do presidente da República e de seus familiares”.
O veículo quis aprofundar informações sobre a frequência de visitas a Bolsonaro dos religiosos que agiam no MEC. Mas a agenda presidencial divulgada omite informações e detalhes. Por exemplo, Bolsonaro se encontrou hoje com representantes da Assembleia de Deus em café da manhã. Mas a reunião não estava prevista em sua agenda oficial, segundo o portal Metrópoles. Participaram ainda ministros e parlamentares evangélicos, além da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da ex-ministra e pastora Damares Alves.
O Globo já havia apurado que os pastores tinham acesso também ao Congresso. Nos últimos quatro anos, Arilton Moura esteve pelo menos 90 vezes na Câmara, visitando gabinetes de 10 diferentes parlamentares, de diferentes partidos. Entre eles, Eduardo Bolsonaro.
Conforme registros de visitantes da Câmara, em 16 de outubro de 2019, Moura informou que iria ao gabinete 350 no Anexo IV, ocupado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Dois dias depois, o pastor acompanhou o seu colega Gilmar Santos em um encontro com o presidente no Palácio do Planalto.
Fonte: Rede Brasil Atual