Romper silêncios, violências e sofrimentos. Foi com este objetivo que estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizaram um ato nesta quinta-feira (26) contra o assédio sexual na instituição. O prédio da reitoria foi palco da manifestação chamada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário e apoiado pelo Movimento Correnteza, coletivo de estudantes de universidades públicas e privadas.

A ação, segundo a estudante de Psicologia Ana Beatriz Sá, presidenta do Centro Acadêmico do curso e diretora de Mulheres pelo DCE da UFRN, surgiu a partir de situações vivenciadas por estudantes dentro do ambiente acadêmico e do silêncio da Universidade diante das denúncias recebidas.

“Os casos de assédio na UFRN são constantes, acontecem todos os dias e nem todos têm repercussão, além de já acontecerem há muito tempo dentro do campus. Tivemos relatos recentes de carros perseguindo meninas, homem filmando garotas dentro do banheiro feminino, assédios nos circulares. E a posição da UFRN, da reitoria tem sido o silêncio absoluto, até então”, reclama.

O movimento cobra da reitoria uma posição e medidas efetivas de combate ao assédio. “Acreditamos que a UFRN não tem tocado nenhuma campanha contra o assédio, e os meios de denúncias já existentes são muito burocráticos, pouco conhecidos e eficientes”, avaliou Ana Beatriz.

Uma carta de reivindicações foi entregue à gestão da UFRN no final do ato.

“Nosso ato serviu para mostrar que estudantes e servidoras da UFRN não vão tolerar mais essa situação, exigimos o mínimo de segurança e respeito para estudarmos! Conseguimos uma reunião coletiva com pró-reitores e representantes da universidade, e tivemos um bom resultado político com esse ato. Esperamos que a universidade tome a decisão de se movimentar contra isso verdadeiramente, enquanto isso nossa mobilização continuará!”, finalizou Beatriz Sá.

Fonte: Saiba Mais