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Publicado em 30 de maio de 2022 às 08h47min
Tag(s): Cortes na Educação UFRN
O Governo Bolsonaro anunciou sexta-feira (27) um novo bloqueio de recursos das universidades federais. O Ministério da Educação (MEC) comunicou que o valor vai representar 14,5% no orçamento das universidades federais. No caso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi registrado um bloqueio de R$ 23.972.313,00. Ao todo, estão bloqueados R$ 1 bilhão das universidade públicas de todo o País.
Esse novo corte atinge a verba de Funcionamento de Instituições Federais de Ensino Superior, de um orçamento que já havia sofrido uma redução de mais de R$ 11 milhões neste ano. “A situação é extremamente grave para as nossas universidades federais e precisa ser revertida com urgência”, alertou o reitor José Daniel Diniz Melo.
Segundo informações publicadas no site da UFRN, o novo bloqueio vai comprometer diretamente o valor de custeio da instituição, que é a verba destinada à manutenção (limpeza, segurança, energia e água). “Neste ano, a UFRN retomou as suas atividades presenciais de forma integral, com aumento significativo dos seus contratos, como energia elétrica e terceirização de serviços. Em contrapartida, fomos surpreendidos com este bloqueio. É nesta ação que está o orçamento de custeio da Universidade, que já havia sofrido corte de mais de R$ 11 milhões”, adverte o reitor Daniel Diniz.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) emitiu nota sobre o assunto e convocou reunião extraordinária do Conselho Pleno para esta segunda-feira (30), para discutir a questão e estabelecer a estratégia a ser utilizada, em nível nacional, para reverter o bloqueio orçamentário.
A Associação aponta que é “Inadmissível, incompreensível e injustificável o corte orçamentário de mais de R$ 1 bilhão que foi procedido ontem pelo governo (27/05/22) nos orçamentos das Universidades e Institutos Federais brasileiros”.
A Andifes diz que, em algumas universidades, haverá cortes de “recursos para assistência estudantil, inviabilizando, na prática, a permanência dos estudantes socioeconomicamente vulneráveis”” além de atingir “o próprio funcionamento das instituições federais de ensino e a possibilidade de fechar as contas neste ano”.
“O conjunto das universidades federais brasileiras, por meio da ANDIFES, conclama todos e todas que nutram a esperança de um país que efetivamente se preocupe com as gerações futuras, com seus estudantes (sobretudo aqueles com maior vulnerabilidade) e com o desenvolvimento econômico, científico e tecnológico do país, para que se mobilizem para exigir a recomposição dos orçamentos das universidades federais e da ciência brasileira”.
Fonte: Saiba Mais