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Publicado em 20 de junho de 2022 às 18h06min
Tag(s): Direitos Humanos
Foto: Reprodução Redes Sociais
A confirmação dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips em emboscada covarde e cruel tramada por pessoas que exploram ilegalmente a Amazônia - entre tantas outras mortes de indigenistas, missionários, jornalistas, seringueiros, trabalhadores rurais de áreas cultiváveis da Amazônia legal e, sobretudo, de indígenas que protegem a maior floresta tropical do planeta -, expõe novamente o descaso da política ambiental brasileira e a violência (explícita e velada) de agentes privados e instituições públicas que agem em conluio para destruir a floresta e os povos originários que a habitam.
O garimpo, a pesca, as queimadas e a expansão desenfreada do agronegócio sobre a floresta, todas ações ilegais do ponto de vista dos marcos de preservação da Amazônia, avançam numa velocidade jamais vista na história, sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro, que também é responsável por desmontar e inviabilizar o trabalho de órgãos de controle, fiscalização e proteção da Amazônia, destacadamente, a Fundação Nacional do Índio - Funai, inclusive perseguindo e afastando das funções públicas muitos de seus servidores de carreira, a exemplo de Bruno Araújo Pereira, um dos maiores indigenistas brasileiros da atualidade.
As mortes de Bruno e Dom, assim como tantas outras que assombram quase diariamente o país, coma na chacina da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, e de Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado com gás e spray de pimenta numa viatura da Polícia Rodoviária Federal, em Umbaúba, Sergipe, não podem ficar impunes. A sociedade brasileira e o mundo exigem a identificação e a punição de todos os envolvidos, mandantes e executores!
Neste sentido, a CNTE se junta às reivindicações da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari - Univaja e de tantas outras entidades civis, da imprensa, além de pessoas físicas indignadas com os assassinatos de Bruno e Dom, a fim de que as investigações dos órgãos competentes, sobretudo da Polícia Federal, não ocorram de forma precipitada, a ponto de excluir a possibilidade de haver mandates dos crimes na região do Vale do Javari, com pouco mais de 24 horas após as primeiras prisões dos assassinos e de serem encontrados os corpos das vítimas.
Paralelamente às investigações dos assassinatos de Bruno e Dom, é preciso que o Congresso Nacional, o Ministério Público, o Poder Judiciário, o Exército (que tem a missão de defender a Amazônia) e os órgãos de controle e proteção da floresta se juntem numa força-tarefa de combate ao crime organizado em terras amazônicas. Também é preciso investigar e punir as ações e relações do atual governo federal com diversos predadores que exploram, ameaçam e matam índios, indigenistas e quaisquer outras pessoas que se oponham à exploração ilegal e à destruição da floresta. A escalada impune dos crimes cometidos dia a dia na Amazônia precisa cessar! Já há relatos na imprensa de que garimpeiros brasileiros teriam cruzado a fronteira com a Venezuela para explorar ilegalmente terras Yanomami, tal como já fazem do lado nacional. E isso pode gerar outros conflitos de maior magnitude com o país vizinho.
Por justiça a Bruno, Dom e seus familiares!
Em defesa da Amazônia, dos povos indígenas e de todos que lutam por sua preservação!
Brasília, 20 de junho de 2022
Diretoria da CNTE
Fonte: CNTE