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ADURN-Sindicato
Publicado em 27 de junho de 2022 às 09h42min
Tag(s): UFRN
Na último sábado, 25 de junho, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) completou 64 anos. Fundada em 1958, a sua criação reuniu algumas faculdades já existentes e permitiu que a educação potiguar se desenvolvesse. Ao longo dos anos, se expandiu também para outras cidades. Hoje, está presente em seis campi, da capital e região metropolitana ao interior. A interiorização foi mais uma conquista da comunidade acadêmica, que viu a educação de excelência da UFRN chegar a cidades pequenas na busca pela democratização do conhecimento.
Essas conquistas, porém, estão ameaçadas e hoje, mais do que nunca, precisam ser defendidas. Os constantes cortes na Educação aprofundados pelo Governo Bolsonaro trazem uma série de incertezas sobre o futuro da Educação pública, gratuita e de qualidade. Seu governo de fome e miséria já começou com o projeto Future-se, uma tentativa malsucedida de privatizar o patrimônio brasileiro.
Em seguida, o governo iniciou cortes profundos nos orçamentos da Educação e Ciência e Tecnologia. O mais recente, de R$3,23 bilhões, atingiu universidades e institutos federais com o objetivo de atender ao teto de gastos.
Os mais prejudicados, certamente, são aqueles e aquelas que estão diariamente convivendo nestes espaços: professores, alunos e técnico-administrativos. A tesoura é tanta que prejudica até mesmo as pesquisas científicas, num momento em que o Brasil e o mundo se vêem em meio a uma pandemia. No início de 2022, a verba estimada para a Capes e o CNPq era de menos da metade do orçamento que existia dez anos atrás.
Uma das mais novas surpresas (negativas!) foi revelada em 12 de junho pelo Estadão: um déficit de pelo menos 11 mil professores e servidores técnico-administrativos nas universidades federais, que afetam especialmente os cursos criados ou expandidos na última década. Com o déficit, as instituições suspendem aulas, convocam docentes voluntários, deslocam professores de um campus a outro e relatam dificuldades para usar laboratórios.
A UFRN se defende
O ADURN-Sindicato não deseja essa realidade na UFRN, e em nenhuma outra unidade de ensino. Nós somos diversos, com origem em várias partes do Brasil, de realidades sociais também distintas mas com um só objetivo: defender o direito ao futuro! A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, na quarta-feira (22), só nos comprova mais uma vez o mar de lama da corrupção em que este governo está envolvido. O episódio é mais uma convocatória a nos unirmos e fazermos dos 64 anos da UFRN uma data não só de comemoração, mas também de luta. Que a UFRN não pare nas suas quase sete décadas, mas que sobreviva por muito mais para poder continuar transformando as histórias de vida e sonhos do povo potiguar!