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Publicado em 07 de julho de 2022 às 15h43min
Tag(s): Cortes na Educação MEC
Durante a tarde de ontem (06), o atual Ministro da Educação participou, juntamente com representantes da Controladoria Geral da União (CGU), de encontro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o engenheiro Victor Godoy Veiga – quinto a ocupar a pasta por indicação do presidente Jair Bolsonaro – se mostrou bastante alinhado à política de desmonte da Educação Pública do Governo Federal.
Durante o encontro, o Ministro falou sobre mecanismos de financiamento das universidades e institutos federais, apontando para estratégias que seguem em direção a uma lógica neoliberal – ajustadas aos termos da Emenda Constitucional 95 –, e atacam a essencialidade do ensino público, gratuito e de qualidade que segue sendo ofertado no Brasil mesmo diante de todos os cortes orçamentários e ameaças políticas.
Victor Godoy expôs, sem grandes novidades, propostas relativas aos próximos passos do atual projeto de desmonte das universidades e institutos federais. De acordo com as falas do gestor – braço direito do ex-ministro Milton Santos – as universidades terão que alocar recursos da iniciativa privada inclusive para pagar professores; terão ainda que arcar com seus orçamentos reduzidos a 1/3 do que necessitam e deverão implementar o Reuni Digital; além disso, a relação professor/aluno ganhará novos contornos, e para cada professor serão 100 alunos em sala de aula.
Caso sejam realmente executadas, tais medidas, somadas a todos os cortes e ataques registrados ao longo dos últimos anos, levam a Educação Pública do país a um cenário de total desvalorização e incerteza, o que afeta diretamente o desenvolvimento econômico, político e social da nação.