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Publicado em 21 de julho de 2022 às 15h54min
Tag(s): Ato Político
O desespero de Jair Bolsonaro subiu de grau nesta terça-feira, 20 de julho, dia em que se viu ainda mais isolado politicamente após a ampliação substancial das manifestações de repúdio ao espetáculo golpista que patrocinou na reunião com embaixadores de países estrangeiros na segunda (19).
De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, oficiais da ativa e do Alto Comando do Exército comunicaram a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que não apoiam a cruzada do líder neofascista contra as urnas eletrônicas.
Cabe acrescentar que, apesar de convidados, os comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, da Marinha, almirante-de-esquadra Almir Garnier Santos, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Carlos de Almeida Baptista Junior, não compareceram à bizarra reunião.
Já os EUA, que sempre foram os grandes fiadores e instrutores de golpes de Estado na América Latina (o que inclui os de 1964 e 2022 no Brasil), desta vez fez questão de se distanciar da aventura desvairada projetada pelo presidente.
“As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo”, diz nota da Casa Branca distribuída pela embaixada norte-americana em Brasília nesta quarta.
Sem o precioso auxílio dos EUA e sem apoio dos militares da ativa Jair Bolsonaro não terá força para dar um golpe. Pode tentar, mas vai dar com os burros n´água.
O desespero do Clã tende a aumentar e pode explodir em atos desatinados, mas não há de impedir a vitória de Lula e do povo brasileiro nas urnas em outubro. Organizações populares estão empenhadas também na mobilização das bases contra o golpismo e em defesa de eleições limpas, das urnas eletrônicas e da democracia.
Mobilização pela democracia
Movimentos sociais que compõem a campanha denominada Fora, Bolsonaro, responsável por organizar manifestações de rua pelo impeachment de Jair Bolsonaro (PL) em 2021, marcaram para esta sexta-feira (22) uma reunião de emergência para discutir maneiras de reagir às novas falas golpistas do presidente.
A Campanha Fora, Bolsonaro é composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares) e Uneafro Brasil.
Partidos de esquerda como PT, PSOL e PC do B também integram a campanha.
“É preciso forte reação popular contra a tentativa de golpe, por eleições livres e democráticas”, diz Raimundo Bomfim, coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares) e um dos líderes das marchas.
Fonte: CTB