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Publicado em 28 de julho de 2022 às 14h45min
Tag(s): Andifes Ciência e Tecnologia SBPC
Hoje os projetos de desenvolvimento das nações passam necessariamente por uma economia de base tecnológica que tenha capacidade de produção de alto valor agregado, com respeito ao ambiental e preocupação com a qualidade de vida da população. Entretanto, “não vamos avançar para uma economia de fronteira tecnológica se não investirmos em educação, e as universidades são agentes fundamentais de uma política de Ciência e Tecnologia (C&T) para o Brasil”, afirmou o presidente da Andifes, reitor Marcus David (UFJF) em sua participação na mesa Ciência, Tecnologia e Inovação no Parlamento, realizada nesta quarta-feira (27) na Universidade de Brasília como parte da 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Segundo David, falta ao país um projeto político de desenvolvimento em que haja coerência entre todas as políticas públicas que tenham por objetivo esse desenvolvimento. “Não adianta apenas debater quem será o presidente que será capaz de produzir uma política de desenvolvimento de C&T, mas é necessário discutir também como compor o parlamento que vai auxiliar nesse processo. Nosso parlamento precisa junto com o governo que será eleito mergulhar nesse projeto de nação. Se tivermos clareza do caminho que queremos trilhar, as estratégias de políticas de C&T começam a fazer mais sentido. Precisamos de um parlamento que seja eleito com participação grande de parlamentares que estejam comprometidos com educação e C&T”, afirmou o presidente da Andifes.
Já o para o secretário-executivo da Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento Brasileiro (ICTP.br), Fábio Guedes, houve um recente movimento coordenado de esvaziamento de alguns fundos setoriais que financiam a pesquisa e desenvolvimento do país, aliado a um estrangulamento orçamentário das universidades brasileiras. “De um lado temos a tentativa de sufocamento do MCTI [Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações] e bloqueio do FNDTC [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], de outro o sufocamento do sistema público de universidades. A visão que temos no governo hoje é que não precisamos ter autonomia no desenvolvimento cientifico e tecnológico, porque a gente compra na prateleira internacional. Estamos em um projeto consciente de manter o país no atraso”, disse Guedes.
Com recursos das concessões de exploração de petróleo e gás natural foi possível financiar 2.606 projetos de pesquisa e desenvolvimento de petróleo, em instituições no país inteiro, especialmente nas universidades. “Temos um contingente razoável de pesquisadores, o Brasil aprendeu a transformar riqueza em conhecimento, ou seja, capacidade de construir e financiar nossas instituições com recursos das concessões de petróleo, mas estamos dando ré, com a destruição e sufocamento da ciência brasileira. Agora quando precisamos transformar conhecimento em riqueza, estamos sofrendo esse desgoverno”, avaliou o secretário-executivo da ICTP.br.
A geopolítica mundial tem na fronteira científica e tecnológica um pilar central em disputa, mas no Brasil hoje “temos vivenciado dificuldades muito grandes, temos visto que a sustentabilidade ambiental não é uma preocupação do governo brasileiro, não conseguimos sequer entrar no debate ambiental, o Brasil é uma imensa fazenda produtora de commodities e produtos de baixo valor agregado”, afirmou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), em vídeo.
Para Feghali, é preciso observar uma nova agenda para o Brasil que pense a incorporação tecnológica e inovadora na base produtiva, mas vemos nossas universidades e institutos federais sem recursos para custeio. “Vamos buscar recompor o orçamento de C&T para 2023, e pensar a educação e inovação na superação do apartheid digital, para a ciência ser uma pauta relevante na reconstrução do país”, destacou a deputada.
Fonte: Andifes