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Publicado em 18 de agosto de 2022 às 15h30min
Tag(s): Desemprego
O avanço da pobreza e da fome no Brasil está associado ao comportamento do mercado de trabalho, marcado pelo desemprego em massa e um número a cada dia maior de trabalhadores e trabalhadoras que procuram emprego há mais de dois anos, o que é designado pelos economistas de desemprego de longa duração e o desalento, que leva o assalariado a desistir de procurar trabalho.
É este o tema de recente entrevista do diretor técnico do Dieese Fausto Augusto Junior ao canal do órgão no youtube. “Quanto mais tempo fora do mercado de trabalho, mais difícil é voltar a trabalhar”, argumenta.
Despojado de renda e de propriedade, o trabalhador ou trabalhadora que vai ao mercado de trabalho depende do salário para sobreviver. No capitalismo, se este indivíduo não consegue vender sua mercadoria, a força de trabalho (o único bem que possui), não obtém dinheiro para comprar a cesta básica ou pagar o aluguel, é condenado a viver ao relento, à miséria e à fome.
As medidas adotadas nos governos Temer e Bolsonaro, como as reformas trabalhista e previdenciária, degradaram o mercado de trabalho no Brasil, ampliando a informalidade, a precarização e o poder dos patrões nas negociações com seus empregados e empregadas. Foram impostas com a promessa de que criariam milhões de empregos, mas na realidade geraram desemprego em massa, arrocho salarial e precarização.
O leve recuo na taxa de desocupação verificado nos últimos meses pelo IBGE não melhorou significativamente o quadro, até porque os novos postos de trabalho ofertados têm por característica maior precarização e menores salários.
Fonte: CTB