Saiba o que é ‘deepfake’, nova técnica para espalhar mentiras nas eleições

Publicado em 22 de agosto de 2022 às 12h43min

Tag(s): Eleições



Inteligência artificial e equipamentos sofisticados são utilizado para distorcer falas e sons de vídeos, como por exemplo, colocar Renta Vasconcelos em vídeo dizendo que Bolsonaro está à frente das pesquisas

Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão usando a inteligência artificial para espalhar mentiras, as chamadas fake news, nas redes sociais e confundir a cabeça dos eleitores nas eleições deste ano.

Na semana passada eles espalharam deepfake em grupos de WhattsApp e Telegram usando a imagem da jornalista Renata Vasconcelos, apresentadora do Jornal Nacional, da Rede Globo, para tentar dar credibilidade a mentira de que Bolsonaro estaria a frente nas pesquisas de intenções de voto que são lideradas pelo ex-presidente Lula (PT), segundo todas os institutos de pesquisas do Brasil.

No vídeo, a jornalista parece afirmando que a pesquisa Ipec apontava a liderança de Bolsonaro nas intenções de voto ao Planalto, ultrapassando Lula. Na verdade, o levantamento também mostra Lula com larga vantagem, com tem 44% das intenções de voto, contra 41% de todos os  adversários domados, o que significa que pode vencer no 1º turno. É isso que mostram todas as demais pesquisas, entre elas a da DatafolhaGenial/Quaest, e a nova rodada da FSB divulgada nesta segunda-feira (22) entre outros levantamentos.  

O que é deep fake

De acordo com o site Tecmundo, deepfake é uma técnica que utiliza recursos de inteligência artificial para substituir rostos em vídeos e imagens, imitando a voz e distorcendo o conteúdo das falas originais.

O termo é uma mistura das expressões deep learning e fake e significa o emprego da IA para criar uma situação falsa. Segundo o site, usa-se uma subclassificação de IA para definir algoritmos de podem reconhecer padrões com base em um banco de dados.

Não compartilhe

A fundadora da Agência Lupa, especializada em checar a veracidade de conteúdos que circulam na internet, Cristina Tardáguila, orienta a quem receber a: 1) “não compartilhar; 2) denunciar junto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Clique aqui para acessar o sistema de alerta do tribunal).

A Rede Globo, que encomendou a pesquisa original e viu seu principal telejornal ser adulterado, afirmou em nota que notificou o Ipec e fez a denúncia junto ao Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições do TSE e também ao Ministério Público Eleitoral (MPE).

Fonte: CUT

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