O Paraná sediou o IV Encontro Nacional de Direitos Humanos do PROIFES nos dias 8 e 9 de setembro. Reunidos para debater as principais proposições trabalhadas durante a reunião do Conselho Deliberativo, que ocorreu no mês passado, em Brasília, o GT de Direitos Humanos da federação congregou os sindicatos, que examinaram e saíram com ações construtivas para os próximos meses. Com 28 representantes de sindicatos e institutos federais de todo o país, que trouxeram suas realidades e dificuldades na implementação das diretrizes discutidas no “Eixo III – Educação, Direitos Humanos e diversidade: o papel da Federação nessa luta” do documento XVIII Encontro nacional do PROIFES Federação.
Para contextualizar e rememorar a missão do Grupo de Trabalho, as atividades do primeiro dia de encontro aconteceram na Escola Latino Americana de Agroecologia – ELAA. Localizada no Assentamento Contestado, a comunidade do MST fica no município da Lapa (PR) e surgiu em 2005 com a missão de educar militantes da América Latina e Caribe para que possam aprender e disseminar agroecologia por meio dos seus cursos oferecidos e reconhecidos pelo MEC.
A abertura do evento ficou por conta da perfomer mineira, Simon Magalhães, com a esquete “Fábrica”. Formada em Artes Cênicas, a artista ainda cantou “Por quê não tem paquita preta”, colocando os presentes para dançarem ao ritmo de sua música autoral.
Implementando as técnicas aprendidas na última reunião do CD, os presentes discutiram os temas debatidos no Eixo Direitos Humanos, aprovados no último Encontro Nacional como política sindical. A condução ficou por conta de Rosangela Gonçalves, diretora de Direitos Humanos e presidente do SINDIEDUTEC e Oswaldo Negrão, presidente da ADURN Sindicato.
“Como efetivar nossas propostas em algo possível de se materializar? É importante desdobra-los em ações concretas para que a gente possa, no encontro do ano que vem, avaliar como iremos avançar nessas temáticas. De 106 propostas conseguimos trabalhar 31 propostas de ações por meio dessa sistematização” explicou Oswaldo ao iniciar a atividade.
Rosangela, por sua vez, afirmou que local, data e cada intervenção foi criada para fortalecer o evento e deixar os participantes com uma mensagem de esperança “com a ideia da da independência também porque essa é uma data marcada pelo grito dos excluídos que tem tudo a ver com GT porque são as pessoas com as quais gente desenvolve o trabalho e faz pensamento, faz atividade.” completou.
A técnica em educação básica Elizabeth Silva da Universidade Federal da Bahia destacou a necessidade da criação de uma memória dos encontros e discussões para que o Grupo de Trabalho (GT) Direitos Humanos se consolide de maneira mais concisa e também facilite a formação de GT locais. “Só por existir esse encontro já é uma grande vitória de diversas lutas, infelizmente o GT de direitos humanos é recente e não é visto com toda seriedade que merece” afirma
A visibilidade e a atividade do Grupo de Trabalho já é um ponto abordado durante os últimos encontros do PROIFES. Na possibilidade real de expandir o olhar do movimento docente, o GT Direitos Humanos começou a ser construído ainda em 2017, a partir do entendimento que direitos humanos são construções diárias, históricas e de afirmações constantes no movimento docente para batalhas que se surgiram, principalmente, a partir de 2018.
Fonte: PROIFES-Federação