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Publicado em 12 de setembro de 2022 às 13h49min
Tag(s): Direitos Humanos PROIFES
“Quando foi a última vez que você recebeu uma boa notícia?” perguntou Rita Von Hunty a plateia presente no auditório Antônio Carlos Kraide ao começar sua palestra.
Para fechar o IV Encontro Nacional de Direitos Humanos com chave de ouro, o PROIFES convidou a professora drag queen, Rita Von Hunty, para palestrar para todos e todas as presentes no Portão Cultural, em Curitiba. Com os convites esgotados, o talento incomum e o repertório amplíssimo de Rita, que fez críticas culturais, falou de literatura, política e deu destaque ao feminismo e a eleições deste ano, foram percebidos nos primeiros minutos após a sua introdução, feita pela diretora de Direitos Humanos do PROIFES e presidenta do SINDIEDUTEC, Rosângela Gonçalves.
Em pouco mais de duas horas de fala, Rita transcorreu pelos crimes contra culturas populares, correlacionando o desmantelo e destrato ao conhecimento dos povos originários, desde a invasão europeia nas Américas até os dias atuais e colocando na mesma lata de lixo aqueles que sempre praticaram crimes de leso a humanidade e que impediram a sociedade de organizarem os saberes e a forma de transmiti-los, inviabilizando a pesquisa, sucateando as universidades e o ensino básico.
Contudo, questionou, também, o bicentenário da independência brasileira, denominando a data de “Bicentenário de uma farsa”. Ao colocar em cheque todos esses episódios, a drag queen introduziu o tema de sua conversa, “Esperança como um verbo” deixando claro que a palavra seria tratada como tal e não como substantivo, pois, segundo ela “A sintaxe e a semântica das palavras, também está em disputa hoje em dia”.
Em sua linha de raciocínio sobre os conceitos de “Esperançar”, Rita mencionou Brizola, lamentando a falta da possibilidade de discutir a ofensiva ao invés da defensiva e questionou: “que horas vamos voltar a atacar?”.
Após, ainda comentou sobre o teto de gastos e como o país é tratado como uma empresa desde a ditadura.
Ao fim do seu discurso indigesto sobre esses males que acometem o Brasil desde sua “descoberta” e “independência”, Rita concluiu encorajando a plateia ao mostrar a definição de Esperança por Paulo Freire: “Esperançar é ir atrás, é não desistir”. Expôs, ainda, que não há mal que dure para sempre, acalentando o público ao afirmar que a história sempre achou uma forma de colocar na sua lata de lixo ditadores e usurpadores de Direitos Humanos e motivou todos ao deixar explícito que agora, mais do que nunca, é a hora de trabalhar para construir uma alternativa de reconstruir outro país pois a esperança é o projeto político de uma vida!
Fonte: PROIFES-Federação