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Publicado em 30 de setembro de 2022 às 16h15min
O governo Jair Bolsonaro boicotou a nomeação da médica e professora Deisy Ventura, indicada para assumir uma cadeira no Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS). A natureza do posicionamento do governo é puramente ideológica. Isso porque Deisy deu uma série de declarações durante a pandemia de covid-19 contra o negacionismo do presidente e em defesa da ciência, o que incomodou a cúpula bolsonarista.
Deisy é professora titular da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Ela também é coordenadora do programa de pós-graduação em Saúde Global e Sustentabilidade na universidade. Entre os trabalhos que mais incomodaram o governo está o artigo “Pandemia e Crimes Contra a Humanidade: O caráter desumano da gestão da catástrofe sanitária no Brasil“. No texto, ela aponta ações de Bolsonaro que levaram o país à maior crise sanitária e hospitalar de sua história, com quase 700 mil mortes, muitas evitáveis.
A cientista é destaque da pesquisa brasileira, reconhecida internacionalmente. A OMS comunicou ao governo Bolsonaro que seu nome é cogitado para integrar a mais importante organização de Saúde do mundo. O veto do governo provocou incompreensão no órgão, como apurou reportagem do correspondente internacional Jamil Chade, para o UOL. De acordo com o jornalista, o veto do governo Bolsonaro impede que Deisy componha o comitê. Trata-se de mais um episódio de represália com motivação negacionista, além de descaso com a ciência nacional, aprofundando o descrédito do país diante do mundo.
O anúncio do tratamento dado pelo governo Bolsonaro a Deisy Ventura provocou uma onda de indignação entre os cientistas e médicos do Brasil. Entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) se manifestaram. “A SBPC protesta contra a atuação do governo brasileiro que, agindo na contramão dos interesses de nosso país, recusa apoio à ilustre cientista, professora Deisy Ventura, para compor um dos mais importantes comitês técnicos da Organização Mundial de Saúde (OMS)”, afirma a entidade.
“Ao se opor ao nome da pesquisadora, sem apresentar explicações, o Ministério da Saúde age de forma puramente ideológica. Enquanto isso, a OMS busca escolher entre as personalidades mais qualificadas por sua competência técnica”, completa. A Abrasco subescreveu a nota da SBPC. “Deisy é professora titular de ética da Faculdade de Saúde Pública, USP, onde coordena o programa de pós-graduação em saúde global e sustentabilidade. É também professora do programa de pós-graduação do Instituto de Relações Internacionais da USP e teve forte atuação durante a pandemia de covid-19”, completou.
Fonte: Rede Brasil Atual