Publicado em 24 de outubro de 2022 às 12h03min
Tag(s): Democracia Eleições
A diretoria do ADURN-Sindicato repudia veementemente a crescente onda de ataques bolsonaristas registrada no último final de semana. É inaceitável que faltando apenas oito dias para o segundo turno das eleições presidenciais a campanha do atual presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), utilize a estratégia de impor medo e silenciamento à população, através da propagação de violência.
A agressão criminosa, de cunho sexista e misógino, desferida contra a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) em vídeo publicado nas redes sociais no último sábado (22), além de fomentar o ódio, expõe mais uma vez o machismo presente à nossa sociedade, sobretudo, nas esferas de poder. É importante lembrar que ataques dessa natureza foram cometidos contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, nas eleições de 2014, também incentivados pela extrema-direita, liderada atualmente por Jair Bolsonaro.
Para além do preconceito de gênero, a atitude do ex-parlamentar demonstra e incentiva desrespeito às instituições democráticas, comportamento que foi reforçado na manhã do domingo (23), quando Roberto Jefferson desrespeitou a ordem de prisão do STF e atacou policiais federais com fuzil e granadas. A ação feriu dois agentes, incluindo uma policial. Nas imediações da ocorrência, inflados pela reação do político que cumpre prisão domiciliar, militantes bolsonaristas agrediram jornalistas. Um dos trabalhadores foi atingido com um soco e precisou ser socorrido, após bater com a cabeça no chão.
No Rio Grande do Norte, uma atividade da campanha de Lula na cidade de Macaíba, que contava com a presença da governadora do Estado, Fátima Bezerra, precisou ser interrompida após um homem em uma moto cometer disparos de arma de fogo quando a gestora se preparava para fazer uma fala. Mais cedo, no bairro de Ponta Negra, veículos com adesivos e bandeiras da campanha do petista foram alvo de vandalismo.
A naturalização de comportamentos como esses representam um perigo iminente à manutenção da Democracia no nosso país. Precisamos impedir a instalação e a legitimação da barbárie, diante disso, a diretoria do ADURN-Sindicato destaca a necessidade de responsabilização de todos aqueles que propagam a cultura do ódio - incompatível com o Estado Democrático de Direito - e destaca que o voto, no próximo domingo, dia 30, é o maior instrumento para combater o avanço do fascismo no Brasil. Por isso, reforça o seu apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
A diretoria
