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Publicado em 14 de novembro de 2022 às 15h44min
Tag(s): Novembro Azul Saúde
“A incidência do câncer de próstata aumentou entre os anos de 2005 a 2020 de 51 para 62,95 novos casos a cada 100mil homens brasileiros”, é o que diz a enfermeira e professora da Escola de Saúde da UFRN, Eliane Santos, baseada nos dados divulgados em 2020 pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), sobre as estatísticas acerca da doença temática para o Novembro Azul. Período este criado em 2003, na Austrália, mas chegou ao Brasil apenas em 2011, através do Instituto Lado a Lado Pela Vida.
O mês dedicado ao câncer de próstata tem o objetivo de trazer a conscientização e a prevenção contra a doença, que, inclusive, ocupa a primeira posição em todas as regiões brasileiras. Tendo o Nordeste com o maior risco estimado de 72,35/100 mil homens afetados. Este tipo de câncer pode e deve ser prevenido por meio dos cuidados necessários que o sexo masculino inclui à sua rotina. A partir dos 50 anos os homens devem procurar seus respectivos médicos e realizar o exame de toque retal e sanguíneo. E, em casos de um diagnóstico mais preciso, é importante que o paciente faça uma análise mais eficiente através da biópsia.
Eliane explica que existem fatores de riscos específicos para cada caso, como por exemplo para os não modificados e modificados. Quando se trata de casos não modificados os homens não têm controle sobre a prevenção; já em casos modificados se tratam, justamente, do contrário, que é quando os homens podem atuar para prevenir a doença. As características que definem os não modificados são: histórico familiar, estatura mais elevada, idade a partir de 50 anos e a ancestralidade africana ou mista. Os modificados são diferentes nos quesitos de: ganho de peso, circunferência da cintura mais larga, tabagismo e consumo de álcool.
Apesar de contabilizar 15.841 óbitos atualmente no Brasil, o câncer de próstata pode ter cura. O tratamento indicado normalmente é a radioterapia e/ou cirurgia. Em casos de metástase, é indicado que o paciente entre em comum acordo com o seu médico para avaliar um tratamento sob terapia hormonal. A enfermeira expõe ainda quais são os sintomas notáveis para que o homem esteja atento a esse tipo de câncer, e são eles o desconforto ao urinar e a coloração diferente na urina, com hematúria.
Em detrimento do tabu que ainda existe quanto ao diagnóstico, a professora da Escola de Saúde da UFRN esclarece que os profissionais de saúde vêm ao longo dos anos fazendo um trabalho educativo a respeito do exame físico e periódico de prevenção. “Os primeiros sinais do câncer de próstata, muitas vezes, são assintomáticos. Ou seja, o homem está portando o câncer, às vezes na fase inicial, e ele não tem os sintomas característicos”, alerta Eliane sobre a necessidade de realizar o diagnóstico precoce, uma vez que o Brasil já totaliza 65.840 casos, o que equivale a 29,2% da população masculina afetada.
A prevenção do câncer de próstata ocorre por exames realizados com frequência, como a verificação da pressão arterial, hemograma completo, dosagem de glicemia e colesterol, teste de urina, verificação de perímetro abdominal e do Índice de Massa Corpórea (IMC). Além da atualização da carteira vacinal. “Essa campanha enfatiza a necessidade de promoção de qualidade de vida, hábitos saudáveis e exercício físico, a fim de prevenir esse câncer”, reforça Eliane. E para além do autocuidado como medida preventiva contra a doença, a professora chama atenção à sociedade como um todo a fazer parte da campanha, engajando com os trabalhos realizados diariamente e contribuindo com a conscientização a respeito da incidência deste tipo de câncer.
O ADURN-Sindicato reitera os alertas da enfermeira e professora Eliane Santos acerca do câncer de próstata e convida a sociedade a se somar nesta luta temática do Novembro Azul, a fim de que os casos evidentes diminuam em sua totalidade no Brasil.