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Publicado em 18 de novembro de 2022 às 19h00min
Tag(s): EBTT Seminário EBTT
O primeiro dia de atividades do II Seminário Nacional da Carreira de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico das Instituições Federais Públicas de Ensino EBTT contou com duas mesas de debates na manhã desta sexta-feira, 18, em Porto Alegre.
Com o tema “Os desafios da carreira do EBTT no cenário pós-pandemia”, o encontro reúne delegações de dez estados do País, que fazem parte da base da Federação. O evento é promovido pelo PROIFES-Federação e sediado pela ADUFRGS-Sindical.
A Mesa 1 “Contexto político, pedagógico e saúde dos docentes do EBTT na pandemia e pós-pandemia” foi contextualizada por Maristela Mosca, presidenta do Conselho de Dirigentes dos Colégios de Aplicação (CONDICAP), Isaura Brandão, vice-presidenta do ADURN-Sindicato, e Marcelo Freitas da Silva, vice-presidente do Conselho Nacional de Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (CONDETUF). O professor Reginaldo Soeiro, diretor de EBTT do PROIFES-Federação, fez a mediação dos trabalhos.
De acordo com Maristela Mosca, a pandemia foi um desafio para os docentes e famílias de estudantes na tentativa de separar casa e escola. “As famílias tiveram que se adaptar às práticas pedagógicas e aprenderam a valorizar mais o ensino”, observou.
A professora destacou ainda a importância da autonomia pedagógica na escola básica dentro das Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs) para garantir uma educação pública de qualidade. “Os Colégios Aplicação são espaços de inovação e trabalham de forma intensa na formação e capacitação de professores, especialização, mestrado e doutorado. Diante de uma cultura escolar imposta, queremos levar aos docentes diferentes maneiras de fazer educação. Temos de pensar na inovação pedagógica e no acesso universal para formar alunos pensantes. Autonomia pedagógica é uma premissa da universidade”, refletiu. “Se a sociedade não é a mesma, a escola não pode ser a mesma.”
Isaura Brandão, vice-presidenta do ADURN-Sindicato, apresentou os resultados de uma pesquisa referente à saúde mental e docência durante a pandemia. “Estudos indicam que o adoecimento da população mundial se deve a fatores emocionais. O isolamento social e a sobrecarga de trabalho no período de pandemia afetaram a saúde mental dos docentes. Sentimos a necessidade de acolhimento para os professores”, refletiu.
A docente citou a falta de valorização profissional, salarial e a sobrecarga de trabalho dos professores como fatores que contribuíram para o adoecimento mental. “Crise de ansiedade, depressão, estresse e Síndrome de Burnout são as principais doenças identificadas nesse período de pandemia. Tristeza, solidão, desesperança, adoecimento mental, exploração no trabalho do professor, falta de políticas de apoio aos docentes, ameaça à integridade física e psicológica fazem parte desse contexto”, explicou. “É necessário refletir o que estamos fazendo por nós mesmos e o que podemos fazer pela nossa classe em relação as políticas de saúde.”
Marcelo Freitas da Silva, vice-presidente do CONDETUF, comentou sobre o contexto político da pandemia e ressaltou a atuação do CAP como instituição vinculada à educação de ensino superior. “Grande parte dos alunos não tinham infraestrutura para ingressar nas aulas do sistema online. Os pais passaram a ser especialistas em educação e passaram a reconhecer e dar mais valor ao trabalho dos professores”, comentou. “Temos de refletir sobre o contexto político que perpassa pela nossa carreira para avançarmos.”
A Mesa 2 “A aposentadoria dos servidores federais, ontem, hoje e amanhã para docentes da Educação Básica” teve como palestrante o professor Eduardo Rolim, diretor Relações Internacionais do PROIFES-Federação e diretor tesoureiro da ADUFRGS-Sindical, e como mediadora a professora Gilka Pimentel, diretora da Federação e do ADURN-Sindicato.
Rolim orientou os professores em relação às condições de aposentadoria e explicou os impactos da Reforma da Previdência - EC 103, de 12/11/2019. O professor abordou a situação da previdência dos servidores públicos, em especial a previdência dos professores da educação infantil, fundamental e médio, levando em conta o tempo de aposentadoria e quanto irão receber de benefício. Também apontou as vantagens e desvantagens sobre a migração para a FUNPRESP, que tem o prazo limite até o dia 30 de novembro.
Assista o vídeo do professor Rolim sobre o assunto:
O Seminário Nacional EBTT continua durante a tarde deste dia 18 de novembro e segue até amanhã, na sede da ADUFRGS-Sindical.