UFRN inicia ano com atraso no pagamento de auxílio financeiro a alunos

Publicado em 17 de janeiro de 2023 às 10h48min

Tag(s): Assistência estudantil UFRN



 

A UFRN iniciou janeiro de 2023 com atraso nos processos de pagamento de auxílio financeiro aos estudantes. Até esta segunda-feira (16), as movimentações eletrônicas para as bolsas de auxílio moradia e alimentação não constam no sistema. O atraso foi confirmado pela universidade, mas a instituição afirmou que o problema é costumeiro nos meses de janeiro.

Atualmente, a UFRN paga um auxílio moradia de R$ 250 reais a estudantes que se encaixam nos critérios de vulnerabilidade social, que recebam até um salário mínimo e meio per capita, e cujas famílias não residam na cidade onde realizam o curso. 

De acordo com a instituição, apenas a UFRN e a UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) pagam o auxílio no mesmo mês, enquanto outras pagam no mês seguinte. Em janeiro, por ser um novo ano, é preciso realizar o recadastramento de bolsas e auxílios.

“E as despesas são pagas com recursos do ano em curso, que sempre chegam com atraso no início do ano. Isso não impacta as bolsas dado que, quando chegamos em fevereiro, todo o recadastramento foi feito. Neste início de ano, os recursos iniciais das universidades vieram para uma rubrica que não permitiam o pagamento dos auxílios e bolsas. Assim, foi necessário solicitar uma autorização de transferência para essas rubricas pelo MEC”, disse a UFRN.

Normalmente, o pagamento aos estudantes é recebido no início da segunda quinzena de cada mês. Em dezembro, por exemplo, os alunos com contas cadastradas no Banco do Brasil receberam os R$ 250 no dia 20; em novembro, o recebimento ocorreu no dia 18.

Já em janeiro de 2022, o pagamento ocorreu dentro do período esperado, no dia 19. Em 2020 e 2021, os pagamentos de janeiro vieram já no final do mês: dias 24 e 25, respectivamente.

Além da verba para moradia, o auxílio alimentação — que beneficia apenas os estudantes que tiveram as suas solicitações de permanência durante as férias analisadas pela assistência social — também sofre com atraso. A agência Saiba Mais questionou a UFRN se há previsão para o pagamento dos beneficiários, mas a assessoria informou que só conseguiria a informação nesta terça (17).

No final de 2022, o governo federal aplicou um corte de R$ 366 milhões nas instituições federais de ensino. Na UFRN, o corte foi de R$ 3,8 milhões, se somando a uma perda anterior registrada em junho R$ 11,8 milhões. 

Sob Bolsonaro, o MEC passou por um esvaziamento orçamentário e desmonte de políticas. O novo ministro da pasta, Camilo Santana, assumiu o órgão neste ano prometendo fortalecer as universidades federais. 

Ainda em dezembro, a equipe de transição de Lula apontou que, para 2023, o governo Jair Bolsonaro deixou um rombo de R$ 12 a 15 bilhões para o funcionamento básico da educação. O orçamento deste ano foi aprovado ainda sob a gestão do ex-presidente.

Fonte: Saiba Mais

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