Entrevista

Publicado em 16 de março de 2010 às 11h09min

Tem circulado nas dependências da UFRN um abaixo-assinado que responsabiliza o Presidente da ADURN, João Bosco Araújo da Costa, em caso de perda de processos judiciais devido a uma desfiliação da ADURN do ANDES-SN. O Diretor de Política Sindical da ADURN, Wellington Duarte, fala sobre o assunto.
Como a Diretoria soube desse abaixo-assinado?
Ouvi comentários de professores que se recusaram a assinar o documento, já que não viam nele argumentos sólidos. E nesta segunda, um grupo de professores me procurou para que a Diretoria tomasse medidas contra o que eles adjetivaram de “conduta irresponsável” da oposição.
Qual a reação da Diretoria?
Não nos surpreendemos, pois esta oposição tem se caracterizado pelo discurso falacioso e por atitudes anti-democráticas. Entretanto, causa espécie a forma de como os opositores pretendem ir para tentar desestabilizar uma gestão. Sem ter apresentado nenhuma proposta para a nossa categoria, esse grupo passou a agir utilizando-se de estratagemas anti-democráticos e falaciosos.
Pode esclarecer sobre essas ações?
Eu cheguei a ver o documento e nota-se que os promotores desse abaixo-assinado não têm qualquer compromisso com a categoria, e sim com o sindicato nacional que eles defendem. O documento é, na realidade, parte de uma tática quem vem sendo aplicada em todas as AD’s que estão prestes a realizar o plebiscito para se desfiliar do ANDES-SN. Na busca desesperada de manter o status quo, os opositores buscam disseminar o terror entre aqueles que têm processos na ADURN. A oposição tenta ligar o fato de que uma desfiliação do ANDES-SN afetaria negativamente esses processos.
Mas isso tem fundamento?
De forma nenhuma, a ADURN foi fundada antes da ANDES e, portanto, tem personalidade jurídica própria. Nossos processos são feitos pelo escritório de advocacia que é, também, da nossa assessora jurídica. O que a oposição tenta é “plantar” uma mentira, de forma irresponsável. Vale lembrar que essa gestão, numa atitude ousada, decidiu enfrentar a questão dos Precatórios de forma profissional e não ideológica. Contratamos o Dr. José Delgado, de notório saber jurídico, para ajudar no processo dos Precatórios; portanto, a Diretoria tem compromisso com os associados.
Esta mentira, que tem como alvo específico o presidente da ADURN, deve ser respondida energicamente pela Diretoria. O abaixo-assinado é simplesmente uma mentira e como tal deve ser tratada no âmbito político e legal.
Como a Diretoria pretende reagir?
Com as medidas legais cabíveis, mas também desmontando as argumentações falaciosas desse abaixo-assinado. Utilizaremos todos os meios disponíveis para tranquilizarmos nossos associados que têm algum processo pelo escritório que nos assessora, e também para denunciarmos essa campanha infamante.
Qual a sua avaliação a respeito do fato?
Pessoalmente considero que se trata de ação desesperada de um grupo que, descolado da categoria há muito tempo, e que vê um movimento de renovação em todo o país para modernizar nossa organização sindical prosperar rapidamente, opta pelo golpismo tresloucado e, repito, irresponsável. Nós da Diretoria cumpriremos a agenda pela qual fomos eleitos: faremos o plebiscito no final de abril, junto com nossas eleições, e a categoria decidirá se quer voltar a ser manipulada por um grupúsculo que fechou-se numa “redoma revolucionária”, ou se manterá o apoio à nossa gestão para a consolidação de novos rumos para o Movimento Docente. Contra essas atitudes, mais democracia.