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Publicado em 09 de março de 2023 às 16h42min
Tag(s): 08 de Março Manifestação Natal
Na calçada da avenida Salgado Filho, em frente ao Midway Mall, vítimas de feminicídio foram lembradas com cruzes de madeira para, mais uma vez, denunciar esse tipo de violência. Centenas de pessoas foram às ruas de Natal na tarde deste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, motivadas pelo tema “Pela Vida das Mulheres: reconstruir o Brasil com a Democracia, contra o fascismo e pelo bem viver”.
O ato contou com coletivos feministas, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, partidos políticos, presença de parlamentares, e seguiu em marcha até as imediações do Natal Shopping, em Candelária.
“As mulheres, historicamente, sempre estão em luta, mas hoje, mais do que nunca, a gente está pela vida das mulheres. O número de feminicídios é alto e muitas de nós estão passando fome. Estamos aqui pelo combate à pobreza e à violência”, destacou a funcionária pública Márcia Souza.
“Reconstruir a vida das mulheres em diversos aspectos” é a motivação maior do movimento, para a professora aposentada Wilma Geruza, ressaltando que o grupo passa ainda por negação de direitos e violência exacerbada. “Nossa luta é pela igualdade de gênero para que todos e todas tenham seus direitos assegurados”, pontuou.
Acompanhando a caminhada, a Subsecretária de Políticas para as Mulheres do Governo do RN, Wanessa Dutra Fialho disse que a gestão potiguar prioriza a independência das mulheres. “O governo tem investido na autonomia financeira das mulheres e no acesso à renda. A exemplo: ações voltadas para a agricultura familiar, com destinação de microcréditos. O enfrentamento à violência também é prioridade, inclusive com equipamentos de segurança, com a implantação de delegacias especializadas e da patrulha Maria da Penha”.
Estudantes
Mesmo com o fim do governo Bolsonaro, denunciar o período recente sombrio e pedir responsabilização pelos crimes cometidos ainda é uma pauta das mulheres.
“O último governo foi inimigo das mulheres, estudantes, mulheres trans, mulheres LGBTs, as mulheres negras. A luta estudantil não se desvincula de forma nenhuma da luta das mulheres pelos seus direitos e pelos que foram retirados no último período”, apontou a coordenadora do DCE-UFRN e vice-presidenta da União Estadual dos Estudantes, Raquel Rocha.
“Nossa mobilização tem que ser além de nós. Nesse espaço do 8M, a gente tá passando nas salas mobilizando, falando da importância da luta contra o assédio, uma realidade escancarada fora da universidade e dentro dela não é diferente. É o sistema que é machista e que coloca a gente nesse lugar vulnerável, a ponto de ameaçar a nossa permanência estudantil”, completou Raquel.
Fonte: Saiba Mais