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Neste 31 de março, há exatos 59 anos, começava o Golpe Militar que implantaria uma sombria Ditadura no Brasil, mergulhando o país em 21 anos de assassinatos pelos agentes do Estado, sequestros, torturas, censura e a implantação de um sistema de corrupção dentro do aparelho de Estado.
A Ditadura matou, mutilou e assombrou estudantes e trabalhadores (da cidade e do campo), reprimindo selvagemente as tentativas de se contrapor ao regime opressor e criminoso.
Durante os 21 anos em que o país foi aprisionado, universidades foram invadidas, professores, pesquisadores e intelectuais brasileiros também foram presos, ameaçados e impedidos de promover e difundir o conhecimento. O debate foi tolhido e foram instalados, dentro das universidades, aparelhos intimidantes que vigiavam professores e alunos.
Apesar da brutalidade daquele período, durante todo o governo anterior a data voltou a ser ostensivamente comemorada pelas forças armadas, com o aval do próprio presidente, que, dessa forma, celebrava um ato infame e criminoso, rejeitado pela sociedade civilizada, afinal, foi um amplo movimento democrático que fez esse país ser redemocratizado, em março de 1995.
Este dia deve servir para que a população brasileira lembre que não temos que tergiversar sobre a defesa da democracia. Em uma sociedade democrática, qualquer aceno a esse período deve ser severamente rechaçado, pois saudar tortura e assassinato por agentes do Estado é sinal de desprezo pela democracia.
O ADURN-Sindicato, fundado em agosto de 1979, nos estertores da Ditadura, nasceu sob o signo da luta pela democracia e, dessa forma, chama a atenção da comunidade acadêmica e da sociedade, para que nunca mais tenhamos que vivenciar esse período de terror.
