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Publicado em 22 de junho de 2023 às 15h26min
Tag(s): Analfabetismo Combate ao Analfabetismo
Apesar da redução observada nos últimos anos, o analfabetismo ainda é um desafio e uma realidade alarmante nos estados do Nordeste, que ainda possui 5,2 milhões de pessoas analfabetas, com um predomínio entre homens, pretos ou pardos, com 60 anos ou mais. Na região, para cada 10 pessoas analfabetas, 8 são pretas ou pardas e somente 2 são brancas.
Uma pessoa é considerada analfabeta quando não possui habilidades básicas de leitura e escrita em seu idioma nativo. Seja na leitura de coisas mais simples como letreiros de lojas e panfletos até conteúdos mais elaborados como artigos e documentos oficiais.
De acordo com a análise recente da Agência Tatu, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, é possível observar que, na região, há um número significativo de pessoas analfabetas com 15 anos ou mais. Segundo os critérios estabelecidos pela PNAD, essa faixa etária é considerada para determinar o analfabetismo.
Os dados revelam que há aproximadamente 2.8 milhões de homens e 2.4 milhões de mulheres que são classificados como analfabetos no Nordeste. O número de homens analfabetos representa 13% da população masculina acima dos 15 anos de idade. Já a população feminina é representada por 10% da população acima dos 15 anos.
Ao analisar o perfil dos analfabetos no Nordeste, é possível identificar, ainda, disparidades raciais. Dos 5.2 milhões de pessoas analfabetas, 4.1 milhões são pretos ou pardos, enquanto 1 milhão é branco. A taxa de analfabetismo no Nordeste também é mais alta entre homens com 60 anos ou mais. Nessa faixa etária, a taxa atinge alarmantes 32,50% da população.
Outros estados como Paraíba (13,6%), Ceará (12%), Maranhão (12%) e Sergipe (11,9%) também aparecem com taxas altas. Os estados de Pernambuco (11%), Rio Grande do Norte (10,4%) e da Bahia (10,2%) registraram as menores taxas do Nordeste.
Em Alagoas, a Secretaria de Estado da Educação explica que algumas das ações adotadas incluem a formação de professores e gestores; oferta de materiais complementares para estudantes; aplicação de avaliações diagnósticas para aferir o grau de alfabetização dos alunos e premiação das escolas com melhores resultados. Eles afirmam que são propostas comuns aos estados do nordeste e que oferecem incentivo à educação, tanto na infantil quanto para jovens e adultos.
Fonte: Brasil 247