Publicado em 15 de setembro de 2023 às 08h07min
Tag(s): PROIFES
Com a finalidade de alterar o panorama do Movimento Sindical Docente brasileiro, criando uma organização que representasse os interesses dos professores e professoras, especialmente nos assuntos relativos à carreira, salário e à educação pública de qualidade, surgiu, então, o PROIFES-Federação. A entidade foi criada a partir de uma reunião no dia 15 de setembro de 2004 entre professores e professoras de Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
A Federação, que foi implementada representando cerca de 20 mil docentes, traz em sua trajetória uma bagagem de lutas e defesas legítimas, refletindo sua postura crítica e independente. Atualmente tem como gestores os professores Nilton Brandão, na presidência, e Wellington Duarte, na vice-presidência, mais a atuação conjunta dos quinze diretores e diretoras.
Brandão fala que se referir ao PROIFES-Federação é sinônimo de sucesso e vitória, classificando os desafios enfrentados até que se tornasse possível a sua criação: “Ela [a Federação] foi criada em um momento de mudança na trajetória política e social do país. Saímos de um governo neoliberal para um governo popular, de esquerda, eleito com um grande envolvimento da sociedade”, relata.
O dirigente pontua ainda que “nesta grande conjuntura, o movimento sindical, ainda focado nas lutas contra o neoliberalismo, não entendeu as oportunidades que se tinha de avanços sociais naquele novo período” e gerou nos(as) docentes a inquietação a respeito de uma alternativa moderna. “O PROIFES foi uma resposta para o momento político de inovação e renovação das forças político-sindicais no país, em especial no campo das universidades federais”, acrescentou o presidente.
Ao longo desses 19 anos, a Federação está empenhada em apresentar ideias e propostas contundentes a favor da categoria. A exemplo disso, estão as negociações que resultaram nos últimos ganhos salariais para os docentes, na criação da Carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), no fortalecimento da carreira do Ensino Superior, na implementação de todas as gratificações nos salários dos(as) professores(as), bem como na expansão das universidades e na interiorização dos institutos federais, ampliando o acesso ao ensino técnico e tecnológico no Brasil.
O vice-presidente Wellington Duarte também destaca que a entidade, desde sua criação, tem participado ativamente das articulações com o Governo Federal e trazido “inegáveis ganhos aos professores”. “O feito mais importante do PROIFES- Federação é o de ter construído essa carreira em 2012. Hoje, nós somos uma Federação ainda em processo de construção, de ordenamento interno e com contradições, mas nós temos dentro de nós um elemento fundamental que nos trouxe até aqui: a democracia!”, afirma Duarte.
Para Wellington, muito mais que somente uma entidade, o PROIFES-Federação é, sobretudo, uma “estrutura democrática”. O vice-presidente cita exemplos como os encontros nacionais, que ocorrem anualmente em diversos Estados do país; o conselho deliberativo da federação; as práticas adotadas pela diretoria executiva; e o funcionamento dos seus Grupos de Trabalho.
“Então, chegamos a uma ideia, em termos de uma organização sindical, em que o próximo passo deverá ser: ampliar nossa atuação, mas, ao mesmo tempo, sempre pautada na defesa dos interesses dos professores e das professoras. E, especialmente, na defesa das Instituições Federais de Ensino Superior [IFES], porque elas são a nossa casa e o PROIFES sabe disso!”, finaliza Duarte.
Estes 19 anos da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico significam, portanto, um marco de soberania e resistência. Uma entidade comprometida com seus representados(as) e fortalecida por estes(as) que a representam. Ao parabenizar o PROIFES, o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, reforça que nesta comemoração torna-se ainda mais importante a “defesa da democracia, da Ciência, Tecnologia e Inovação e direito de todos os trabalhadores da Educação!”.
Longa vida ao PROIFES-Federação!
