Governo faz última reunião do ano com servidores para reajuste em 2024

Publicado em 18 de dezembro de 2023 às 09h32min

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Governo faz última reunião do ano com servidores para discutir correção de salários em 2024, mas esbarra na falta de recursos

Por Rosana Hessel

Após reinstalar a Mesa Nacional de Negociação Permanente para discutir reajustes salariais, em fevereiro passado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) vai coordenar, nesta segunda-feira (18/12), a última reunião do ano com representantes de servidores federais. A expectativa dos sindicalistas, apesar da promessa do governo em apresentar uma proposta de reajuste salarial para 2024, é muito baixa.

O presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, não demonstra muita esperança em uma proposta de reajuste vinda do Executivo. "Será a 6ª reunião da Mesa no ano, e não há expectativa de que o governo vá apresentar uma proposta, ainda que esse compromisso tenha sido assumido pelo MGI na reunião de novembro. Então, tanto a pauta remuneratória quanto os pleitos não salariais devem seguir sem definição", lamentou.

O encontro deve começar às 14h30. Nas redes sociais, o presidente do Fonacate garantiu que, caso o governo não apresente uma proposta, "as paralisações das carreiras devem aumentar". No último dia 12, o Fonacate e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) organizaram um ato nacional pelo reajuste salarial, com paralisação de duas horas. "O protesto ocorreu diante da protelação indefinida da Mesa de Negociação", explicou Marques. Na avaliação dele, o governo errou ao alimentar expectativas de solução em 2023. "Gerou apenas frustração dos servidores", frisou.

Na sexta-feira, técnicos do MGI se reuniram para tentar fechar uma proposta, mas não conseguiram chegar a uma sugestão que possa agradar aos servidores. Em reuniões anteriores, o MGI informou que tinha disponível R$ 1,5 bilhão para o reajuste dos servidores federais em 2024, o suficiente apenas para um reajuste linear de 1%, lembrou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad. "É muito pouco. Permitirá a reestruturação de poucos órgãos. Os técnicos do governo disseram que trabalham para conseguir recursos, mas estamos pessimistas."

Fonte: Correio Braziliense

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