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Publicado em 08 de janeiro de 2024 às 10h21min
Tag(s): Congresso Nacional Democracia Manifestações golpistas STF
A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2023 e foram feitas 2.012 entrevistas presenciais com questionários estruturados junto a brasileiros com 16 anos ou mais, em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. A informação é da Agência Brasil.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, convocou entidades filiadas a participar de atos pela democracia marcados para segunda-feira (8). Movimentos por todo o país vão realizar manifestações para marcar um ano dos ataques golpistas. Sérgio participará no Congresso Nacional, a partir das 15h. Várias atividades serão realizadas durante o dia (confira a programação). “Jamais podemos esquecer o que acontece num país sem democracia, sem instituições fortes”, afirma o presidente da central.
Os resultados da pesquisa revelam a reprovação por 94% dos que declararam voto em Lula no segundo turno das eleições em 2022 e por 85% de quem declarou voto em Bolsonaro; por 87% dos entrevistados no Sul (menor percentual) e 91% no Nordeste (maior percentual). A rejeição é de 88% dos entrevistados com até o ensino fundamental, 90% daqueles com ensino médio (incompleto ou completo) e 91% dos que têm ensino superior (incompleto ou completo). Também desaprovam os atos 89% de quem tem renda familiar até cinco salários mínimos e 91% dos que vivem com renda de mais de cinco salários mínimos.
Quando questionados se Bolsonaro teve algum tipo de influência no 8 de janeiro, 47% dos entrevistados afirmaram que sim e 43% acreditam que não. Dez por cento não souberam ou não quiseram responder.
Todos os dados apresentados acima são próximos dos percentuais encontrados para a versão da pesquisa da Quaest realizada em fevereiro do ano passado. “A rejeição mostra a resistência da democracia brasileira. Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o país não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional”, aponta em nota à imprensa Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Na opinião dele, diferentemente do que ocorreu nos Estados Unidos – que sofreu com a invasão ao prédio do Congresso (Capitólio) em 6 de janeiro de 2001 – no Brasil as opiniões a respeito dos atos de vandalismo sofrem pouca influência das escolhas das legendas políticas. “É imperativo que esse debate não seja contaminado por cores partidárias, porque trata-se de um problema do Estado brasileiro. É a defesa das regras, da Constituição e da própria democracia que está em jogo neste caso.”.
Fonte: Rede Brasil Atual