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Publicado em 09 de fevereiro de 2024 às 09h44min
Tag(s): 8 de janeiro Golpe de Estado STF
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deverá prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF). Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, o novo depoimento deverá girar em torno dos fatos revelados no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF na quinta-feira (8), com o objetivo de apurar os atos golpistas do dia 8 de janeiro do ano passado, e que teve Bolsonaro, ex-ministros, assessores e militares como alvos.
“Os investigadores vão cobrar de Mauro Cid que entregue mais informações e detalhes sobre aspectos da trama golpista dos quais ele não falou no acordo de delação premiada que fechou com a Polícia Federal em setembro do ano passado. Se não colaborar com a PF, Mauro Cid pode até perder o acordo, que permitiu a sua saída do batalhão do Exército em Goiás, onde ficou preso por quatro meses por ordem do ministro Alexandre de Moraes”, destaca a reportagem.
Um dos pontos de interesse é o financiamento dos atos golpistas. Segundo a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou a operação, a PF identificou que Mauro Cid esteve envolvido na liberação de R$ 100 mil para custear “um pessoal” em Brasília durante as discussões sobre o golpe de estado. O dinheiro seria destinado a despesas com hospedagem, alimentação e materiais, conforme revelado em mensagens protegidas por senha, intituladas "Copa 2022".
“De acordo com investigadores, ‘o pessoal’ que viajaria a Brasília era uma turma de oficiais das Forças Especiais de Goiânia, que ficaria de prontidão na cidade à espera de um chamamento de Bolsonaro”, ressalta a reportagem.
Fonte: BRASIL 247