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Publicado em 18 de março de 2024 às 10h25min
Tag(s): Debate Democracia Na Trilha da Democracia
Nesta quinta-feira (14), o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) esteve presente no projeto Na Trilha da Democracia, realizado pelo ADURN-Sindicato, entidade que representa os docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A atividade ocorreu em alusão ao golpe civil-militar brasileiro, que no próximo dia 31 completa 60 anos. Na ocasião, Suplicy destacou o avanço da discussão da renda básica universal em diferentes partes do mundo, além da sua história na política pela garantia desse direito.
O evento reuniu diversas figuras políticas locais que também integram o Partido dos Trabalhadores (PT), como a deputada estadual Divaneide Basílio, o vereador Daniel Valença, a deputada estadual Isolda Dantas, a vereadora Brisa Bracchi e a deputada federal Natália Bonavides.
No debate, em mesa formada também pelo neurocientista Sidarta Ribeiro e pelo presidente do ADURN, Oswaldo Negrão, o deputado apontou os principais motivos pelos quais ele defende o direito de que todo ser humano, sem objeções, receba a renda básica. Dentre eles, Suplicy destaca que trata-se de uma política sem burocracia, pois não há necessidade da declaração de renda para receber o auxílio. “Mas, a principal vantagem da Renda Básica Universal, é do ponto de vista da garantia da dignidade e liberdade do ser humano”, defendeu.
Em relação à temática da noite, quando questionado qual seria o posicionamento do deputado a respeito da determinação do presidente Lula, numa tentativa de reconciliação com os militares em cancelar os atos em memória aos 60 anos do golpe militar, Suplicy se limitou a falar sobre a preocupação do presidente com atos como os que caracterizam o 08 de janeiro do ano passado.
“É preciso que a gente transmita às pessoas que ainda estão com saudades da ditadura, que não há porque ter saudades de um tempo em que quase toda atividade cultural precisava pedir licença”, ressaltou.
O deputado ainda comentou sobre o assassinato de Marielle, que nesta quinta (14) completou seis anos, destacando a temática da palestra.
“É fundamental que estejamos lutando para que possamos viver num país efetivamente democrático”, pontuou.
Como anda a luta de Suplicy pela Renda Básica Universal no Brasil
O deputado Suplicy ainda destacou uma carta que ele apresentou em outubro do ano passado ao presidente Lula, ao vice-presidente Geraldo Alckmin e aos ministros do governo. A mensagem propõe a formação de um Grupo de Trabalho (GT) “composto pelos economistas, filósofos, sociólogos, assistentes sociais, cientistas sociais, políticos e humanistas que mais contribuíram para os debates sobre as mais diversas formas de garantia de renda com vistas à erradicação da fome e da pobreza, à promoção de maior igualdade e realização de justiça social em nosso país e em outros países do mundo ao longo das últimas décadas”, como diz o documento.
A proposta, de acordo com Suplicy, é reunir pessoas que estejam dispostas a colaborar para que o governo brasileiro seja o primeiro país do mundo a instituir a Renda Básica Universal como um direito de todos. Dentre os 107 nomes citados, estão o neurocientista Sidarta Ribeiro, a deputada federal Tábata Amaral (PSB), a professora Marilena Chauí, o professor Leonardo Boff e Darcy Costa, coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua em São Paulo. (MNPR-SP).
Em 1º de fevereiro deste ano, Eduardo Suplicy se reuniu em audiência com o presidente Lula e com o Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a respeito da carta enviada no ano passado, “para estudar como será o processo gradual e progressivo da transição do Bolsa Família até a implementação da Renda Básica de Cidadania”, como ele explica. Na ocasião, o presidente solicitou a Padilha que o tema seja tratado junto ao Conselho de Desenvolvimento Econômico-Social-Sustentável, conhecido como Conselhão, que hoje reúne 246 pessoas.
Como informado por Suplicy, o primeiro encontro com os nomes sugeridos na carta acontece na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no próximo dia 21 de março, na presença dos Ministros Alexandre Padilha, Wellington Dias e do Secretário Executivo do 'Conselhão', Paulo Pereira.
Fonte: Saiba Mais