A votação estará disponível na segunda-feira, 22/11, às 08h.
Olá professor (a), seja bem-vindo (a) ao ADURN-Sindicato! Sua chegada é muito importante para o fortalecimento do Sindicato.
Para se filiar é necessário realizar 2 passos:
Você deve imprimir e preencher Ficha de Sindicalização e Autorização de Débito (abaixo), assinar, digitalizar e nos devolver neste e-mail: [email protected].
Ficha de sindicalização Autorização de DébitoAutorizar o desconto no seu contracheque na sua área no SIGEPE e que é de 1% do seu VB (Vencimento Básico).
Tutorial do SIGEPEFicamos a disposição para qualquer esclarecimento.
ADURN-Sindicato
Publicado em 27 de março de 2024 às 14h04min
Tag(s): Democracia DItadura Militar
Sob o lema "Ditadura nunca mais!", os movimentos sociais e sindicatos estão organizando atos de rua em alusão ao dia 31 de março. Nesta data, há 60 anos, tanques e tropas militares ocupavam as avenidas, marcando o início de uma ditadura que assombrou o Brasil por 21 anos. Esse fato não apenas marcou uma interrupção brutal da democracia, mas também deixou um legado de violações dos direitos humanos, censura e repressão que ainda reverbera nas estruturas sociais e políticas do nosso país.
Para entender melhor a necessidade de rememorar esse acontecimento, o ADURN-Sindicato conversou com o professor emérito, sociólogo e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Willington Germano.
"É muito importante nesse momento da história brasileira relembrar o que foi feito em 1964. Porque naquele período houve um golpe de Estado, um golpe militar. Eram tanques e tropas militares nas ruas, nos espaços públicos", observa o professor, destacando a gravidade dos acontecimentos que marcaram o início de uma das épocas mais sombrias da história do Brasil.
"Durante o período do presidente reformista João Goulart existiram muitas mobilizações populares em todo o Brasil e na América Latina. Lutas por reformas sociais; o movimento camponês, o movimento estudantil muito forte, o movimento dos trabalhadores muito forte. Então, houve uma mobilização muito grande no país, em favor das reformas na sociedade brasileira", contextualiza.
Essa efervescência social, contudo, despertou a indignação das elites e dos militares, bem como dos interesses estrangeiros, como destaca o professor: "Isso provocou uma indignação da elite, dos militares e do Império Americano."
O Golpe Militar, portanto, não foi apenas um evento isolado na história do Brasil, mas parte de um contexto maior de repressão e autoritarismo que assolou a América Latina na época. "É importante relembrar esse período porque o Golpe Militar implantou uma ditadura que durou 21 anos. Ou seja, quase 1/4 de século. Ninguém governou mais o país no século XX, do que os militares e seus aliados civis", observa Germano.
As consequências desse regime autoritário ainda reverberam até hoje, particularmente no campo da educação. "Vale a pena lembrar que a universidade e a educação foram duramente atingidas por essa trágica página da história brasileira. Invasões de forças militares nas universidades... A censura no ensino; prisões, cassações, fechamentos de centros acadêmicos, diretorias acadêmicas," destaca o professor, ressaltando a interferência de um regime militar na comunidade acadêmica e intelectual.
Em meio a essas lembranças sombrias, é necessário fazer um chamado à ação e à resistência. O Golpe Militar de 1964 serve não apenas como um lembrete doloroso do passado, mas também como um alerta para os perigos que a democracia enfrenta hoje. "Por tudo isso, esse fato deve ser lembrado para que ele não se repita e para que a democracia brasileira se fortaleça, se consolide. Ditadura nunca mais! Nunca mais aquilo que aconteceu com presos, com militantes, com censura à imprensa, com censura à cultura e com censura à educação!", conclui Willington.
Confira as atividades já programadas para debater o tema em Natal.
01 DE ABRIL
Ato público “60 anos do golpe civil militar: ditadura nunca mais”
Local: Praça Pedro Velho
Hora: 16h
Lançamento do 1º episódio das Séries Vermelhas
Iniciativa do DHNET
Local: Cervejaria Resistência
Hora: 19h
02 DE ABRIL
2ª Semana Nacional de Jornalismo – ABI: 60 anos do golpe
Hora: 15h
Local: Auditório do Decom
Debatedoras: Jana Sá e Ceiça Fraga
04 e 05 DE ABRIL - UFRN
DEBATE: 60 anos depois, a reedição do golpe. Semelhanças e diferenças
04 DE ABRIL
(1964-2024) 60 anos depois: semelhanças e diferenças
Hora: 19 horas
Local: Auditório do Instituto Ágora/CCHLA
Mediador - Professor Gabriel Vitulo
Mesa:
Professora Sônia Meneses Silva
Professor Haroldo Loguercio Carvalho
Historiador Alexandre Albuquerque Maranhão
05 DE ABRIL
60 anos do golpe de estado de 1964, memória histórica e memória social
Hora: 9 horas
Local: Auditório do Instituto Ágora/CCHLA
Mediador: Professor César Sanson
Mesa:
Professora Sônia Meneses Silva
Professor Haroldo Loguercio Carvalho
João Arthur Santa Cruz (irmão de Fernando Santa Cruz, desaparecido político)
Juliana Silva (Direitos Humanos/RN)
05 DE ABRIL
Exibição e debate do filme documentário “Não foi acidente, mataram meu pai”
Hora: 19 h
Local: Auditório da BCZM
Mediador: Professor Gilmar Santana
Debatedoras: Jornalista e diretora do filme Jana Sá; graduanda em Psicologia da UFRN Ana Beatriz Sá; filha e neta, respectivamente, de Glênio Sá
09 DE ABRIL
Debate sobre o golpe civil militar de 1964
Hora: 14h30
Local: Câmara Municipal de Natal
Expositores: Ceiça Fraga; Francisco Carlos e Jana Sá
O debate será realizado em uma reunião da comissão de Direitos Humanos