Conselho Nacional de Entidades aprova mobilizações do segundo semestre de 2024

Publicado em 23 de julho de 2024 às 15h17min

Tag(s): CNTE Educação Mobilização



Encerrou, nesta sexta-feira (19), a reunião do Conselho Nacional de Entidades (CNE) da CNTE. O evento reuniu, em Brasília, os dirigentes dos sindicatos dos trabalhadores em educação filiados à Confederação de todo o país. Durante os dois dias de evento, iniciado na quinta-feira (18), o Conselho dedicou-se ao debate das lutas dos educadores públicos e na análise da conjuntura atual. 

Com base nas reflexões trazidas pelos dirigentes, na manhã desta sexta-feira, foi aprovado, em regime de votação, o calendário de mobilizações do segundo semestre de 2024, bem como os encaminhamentos para atuação da CNTE e suas bases. 

“A luta é incessante e precisa avançar”, reiterou o presidente da CNTE, Heleno Araújo. 

Referindo-se à defesa do Plano Nacional de Educação (PNE) e às reivindicações dos/as trabalhadores/as para uma educação e trabalho dignos, o dirigente reforçou a importância da classe em cobrar o governo que ajudou a eleger. 

“Assim como fomos aqueles que elegeram o governo Lula, também devemos ser aqueles que fazem as críticas necessárias para garantir a prioridade das nossas ações. Não temos a postura de desgastar o governo, mas sim de queremos o fortalecer. E para isso temos que cobrar e ser exigentes, pedindo 100% das questões. Para chegar lá, estamos dispostos a contribuir, pensar e estruturar o processo que dará conta disso”, disse.

Calendário de Mobilizações

Foram definidas as seguintes datas de mobilizações da classe trabalhadora em educação para o segundo semestre de 2024:

Julho 

* 22 e 23/7- Labour 20 (L20) CUT/OIT- Centro de Eventos.

* 26/7 a 1/8- Congresso da IE/ Argentina. 

* Dia 30/07 – Manifestação Nacional contra os Juros Altos.

Agosto

* Plataforma Eleitoral - Buscar votos para eleger bancada de Trabalhadoras/es em Educação (Vereadoras/es e Prefeitos/as). 

* Dia 6.8 - Manifestações pela Valorização dos/as Profissionais da Educação.

* Dia 14.08 - Realizar Atos Públicos em Defesa da Educação Básica.

Setembro

* Buscar votos para eleger Trabalhadoras/es em Educação para vereadoras/es e prefeitas/os.

* Dia 7.09 - Mobilizar e participar das manifestações do Grito dos/as Excluídos/as.

* Dia 19.09 - Ocupar as redes sociais divulgando as ideias e pensamentos de Paulo

Freire, por uma escola emancipadora.

Outubro

* Atuar nas eleições municipais (06 e 27.10.24).

* Dia 5.10 - Manifestações para divulgar o Dia Mundial do Docente.

* Dia 24.10 - Realizar atos públicos pela valorização das/os profissionais da

educação.

* Dias 29 e 30.10 - Seminário Internacional da Educação, em Fortaleza/CE - ação

paralela ao encontro dos/as ministros/as da Educação do G20.

* Dia 30.10 - Reunião da direção da CNTE, a partir das 18h.

* Dias 31.10 e 1.11 - Reunião do CNE-CNTE.

Novembro

* Dia 11.11 - Atos públicos em defesa do PNE como projeto de nação.

* Dia 14 a 19 - G20 Social e Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro                   

* Dia 20.11 - Manifestações de combate ao racismo.

* De 20.11 a 10.12 - 21 dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

Dezembro

* Dia 01.12 - Manifestações de combate à AIDS.

* Dia 10.12 - Manifestações pelo fortalecimento dos direitos humanos.

Encaminhamentos 

Entre os principais encaminhamentos, destacam-se:

  • Construir um instrumento para fazer chegar em cada trabalhador/a da educação os endereços digitais de todas as redes sociais da CNTE. O intuito é que as bases tenham acesso todos os canais de comunicação da entidade, conheçam as pautas e compartilhem o debate em seu local de trabalho;
  • Criar um instrumento para ampliar o diálogo popular, para comunicação com a comunidade escolar. De forma objetiva e com a linguagem adaptada a cada segmento da comunidade escolar;
  • Criar a Comissão para o Plano Nacional de Educação (PNE), que cuidará das emendas ao PL 2614/24, e organizará a estrutura de debates sobre o novo PNE. O objetivo é que o diálogo chegue em cada município, estabelecendo relação com as bases para que essas compreendam o conteúdo almejado e o patamar que a educação alcançará com o Plano;
  • Criação da comissão de representação sindical para debater as indicações e ações que garantam que os sindicatos dos trabalhadores em educação e a CNTE possam representar todas as pessoas que compõem a educação básica pública;
  • Não lutar contra a tecnologia, mas sim contra a plataformização da educação;
  • Organizar estratégias de curto, médio e longo prazo para enfrentar a plataformização da educação; 
  • Denunciar o não aprendizado dos estudantes a partir do uso das plataformas de educação e estipular como o debate sobre o tema pode chegar nas escolas;  
  • Refletir junto com a comunidade escolar sobre a educação desejada; 
  • Disputar a comunicação; fortalecer a formação da base e a discussão sobre o piso salarial e concurso público; questionar a instalação de câmeras em sala de aula; Lutar pela redução da jornada de trabalho; insistir na luta por operações na Base Nacional Comum Curricular (BNCC); 
  • Denunciar e repudiar as manipulações de avaliações que buscam melhorar o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb);
  • Atuar de forma forte e ativa nas eleições municipais para que a educação ganhe espaço nas prefeituras;
  • Resistir e avançar na luta contra o desmonte da educação pública;
  • Adaptar a representação sindical às realidades dos contratos temporários, terceirizados, entre outros, uma vez que esses trabalhadores já são maioria nas redes de ensino e necessitam ser representados enquanto cargos efetivos não são recuperados; e
  • Investir nas mídias sociais dos sindicatos para se aproximar dos trabalhadores não efetivos e efetivos, apresentando e dialogando a defesa de suas pautas.

Fonte: CNTE

ADURN Sindicato
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