Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha reforça luta e resistência

Publicado em 25 de julho de 2024 às 09h44min

Tag(s): Direitos Humanos Mulheres



No Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, lembramos a força e a resistência de mulheres que ao longo da história têm enfrentado, além do sexismo, o racismo. Instituído por meio da Lei nº 12.987, no Brasil o dia 25 de julho também reverencia a líder quilombola Tereza de Benguela e é um convite para refletirmos sobre a importância de reconhecer a luta e as contribuições dessas mulheres para a  nossa sociedade.

Desde os tempos de escravidão, quando eram tratadas como mercadoria e forçadas a trabalhos desumanos, até os dias de hoje, as mulheres negras enfrentam inúmeros desafios. A sociedade, por muito tempo, negou a essas mulheres o reconhecimento de sua humanidade e o seu devido lugar de destaque na história e na cultura. 

A professora e diretora do ADURN-Sindicato, Vilma Vitor, destaca que “300 anos não foram o suficiente ainda para as pessoas compreenderem que as mulheres, e as mulheres negras, precisam serem reconhecidas como seres humanos”. Ao contrário disso, suas contribuições foram sistematicamente invisibilizadas, e elas tiveram que lutar não apenas por seus direitos, mas também por seu direito de existir plenamente. A professora lembra ainda que essa é uma "luta que não vem de hoje, essa luta vem das nossas ancestrais".

No contexto universitário, as dificuldades também persistem. A UFRN, assim como muitas outras instituições de ensino superior, permanece embranquecida, refletindo um sistema que ainda precisa ser desafiado e transformado. A professora Vilma explica que “apesar das lutas e das cotas raciais, ainda não houve esse impacto aqui dentro da universidade. Então, é necessário chamar atenção para essas questões e comemorar esse dia como ainda um dia de lutas da mulher negra”. 

Enquanto Sindicato dos Docentes da UFRN, o ADURN-Sindicato reforça que é fundamental que lutemos por uma universidade mais inclusiva, que reconheça e valorize a diversidade e a riqueza das experiências das mulheres negras. "A luta delas é a nossa luta, e o seu legado de resistência deve ser celebrado e honrado, não apenas hoje, mas todos os dias", afirma o presidente da entidade, Oswaldo Negrão.

ADURN Sindicato
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