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Publicado em 30 de julho de 2024 às 12h26min
Tag(s): Congresso Educação PROIFES
Com o tema: “Capacitar nossos sindicatos, elevar nossas profissões, defender a democracia”, teve início nesta segunda-feira (29) e segue até a próxima sexta-feira (2) o 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação. O PROIFES-Federação representa os professores e professoras do ensino superior do Brasil no evento com uma delegação composta por seis docentes, entre eles o presidente do ADURN-Sindicato e diretor de assuntos jurídicos da Federação, Oswaldo Negrão. Cerca de 1.200 delegados(as) e observadores(as) de 150 países estão reunidos nos debates.
Presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, integra a delegação do PROIFES-Federação no evento
Para Negrão, "é muito importante fazer o debate qualificado com a representação internacional e perceber a potência das necessidades que nós temos, do esforço solidário para que a educação seja valorizada pelos Estados, e para que os recursos públicos sejam garantidos para o financiamento de uma educação pública universal e de qualidade para todos e para todos".
Durante a abertura do evento, a presidenta da Internacional da Educação (IE), Susan Hopgood, definiu o congresso como uma mistura de esperança e determinação. Ela enfatizou o papel fundamental da IE na definição de um futuro sustentável e na abordagem dos desafios globais através da educação pública e afirmou que a determinação da EI em promover o progresso e defender a democracia nunca foi tão forte.
Mais tarde, o secretário geral da IE, David Edwards, refletiu sobre os desafios e conquistas do movimento sindical global da educação nos últimos cinco anos. Apesar de uma série de crises, desde a pandemia de Covid-19 à emergência climática, das guerras ao crescente autoritarismo, os educadores conseguiram criar oportunidades sem precedentes para promover o direito à educação, os direitos dos trabalhadores e a democracia em todo o mundo. Edwards ressaltou que em 30 anos a Internacional da Educação tem realizado ações de mobilização em todos os continentes, principalmente em países com históricos de ditadura e de perseguição de movimentos sindicais.
Evento acontece na cidade de Buenos Aires e segue até sexta-feira (2)
A preocupação com esse tipo de perseguição também foi abordada pela ministra do trabalho da Colômbia, Glória Inez Ramirez. A ex-sindicalista ainda ressaltou a importância de um governo de esquerda para a valorização da educação e dos seus trabalhadores e trabalhadoras, bem como para a implementação de políticas sociais estruturantes.
Ao longo do dia, a desvalorização da categoria docente, os baixos salários, e a desestruturação das carreiras do magistério foram a tônica de vários discursos. Essas questões têm provocado mundialmente o que está sendo chamado de "apagão docente". Nos seus depoimentos, representantes da França, Mongólia, Marrocos, Japão, Tibet, Palestina, Indonésia e Espanha também manifestaram uma profunda preocupação com o desfinanciamento da educação pública, déficit no número de professores e o crescente ataque aos profissionais da educação.
A cobertura completa do 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação pode ser conferida no site e redes da IE.
Veja a programação do evento aqui.
*Com informações da Internacional da Educação