Papel dos sindicatos e da educação no enfrentamento às mudanças climáticas é destaque em congresso

Publicado em 31 de julho de 2024 às 12h26min

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Destacar a importância do envolvimento dos sindicatos e sindicalistas no combate às mudanças climáticas, por meio de iniciativas próprias ou governamentais, e principalmente das escolas e das comunidades em seus países. Esse foi o objetivo da Sessão Plenária Educação pelo Planeta. A atividade aconteceu no final da tarde desta terça (30), durante a programação do 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação.

A plenária, acompanhada pelo presidente do ADURN-Sindicato e diretor jurídico do PROIFES-Federação, Oswaldo Negrão, foi desenvolvida por dois Painéis de três expositores cada. No primeiro estiveram: Ndlovu (Zimbabue), Fataki (Ilhas Fiji) e Montegomery (USA-AFT ). Já o segundo painel foi desenvovido por Kamikamica (Ilhas Fiji), Salas (SNTE – México) e Ganay (Marroco).

Durante a sessão, foram ouvidos vários relatos de  experiências pedagógicas, curriculares e de desenvolvimento e aplicação de tecnologias limpas em situações emergenciais climáticas. “Chamaram atenção os exemplos de lutas por apoio governamental para instalação de painéis solares, de emprego de energias limpas, e da (re)utilização da água da chuva para melhora do isolamento térmico nas escolas. Além das Campanhas por alimentação orgânica, para construção de escolas verdes ou ecológicas, e por zero emissão de carbono”, destacou Oswaldo. 

Oswaldo Negrão acompanha a Sessão Plenária Educação pelo Planeta ao lado do diretor do PROIFES-Federação, Carlos Alberto Marques

Outro ponto de destaque foi a forte atuação dos sindicatos de professores mexicanos junto às comunidades que lutam por medida de prevenção às mudanças climáticas, de campanha pela água. A dramática situação de aumento do oceano já está exigindo aplicação de volumosos recursos financeiros na contenção de danos às mudanças climáticas em locais como as Ilhas Fiji. Por conta disso, há uma significativa diminuição dos recursos para educação.

Esse tipo de situação destaca a importância de ocorrerem mudanças curriculares em todos os níveis da educação, para se abordar a questão da justiça climática. Também foi apontada a necessidade da Internacional da Educação elaborar um plano de ação para orientar os sindicatos de todo mundo para um forte engajamento e atuação, contínua e urgente, no enfrentamento das mudanças climáticas. 

Os expositores alertaram ainda que a redução do acesso à água potável também Tem diminuído a permanência das crianças nas escolas. A esperança é que os movimentos sindicais globais façam um chamamento para que as mudanças necessárias de fato aconteçam. 

O acúmulo da água pelo fenômeno do degelo e aquecimento tem causado desequilíbrio global e, apesar de parecer uma realidade distante da nossa realidade, os países mais próximas ao Equador, entre eles o Brasil, são os que estão sendo mais fortemente atingidos. “Ficou muito claro nas falas dos expositores a necessidade de discutir a transição energética,  uma transição justa que leve em conta ações comunitárias, conhecimentos ancestrais e comunidades tradicionais.  Esse é um tema que deve ser acolhido pelos sindicatos, pois os impactos atingem os trabalhadores e trabalhadoras das mais diversas formas”, explicou Negrão.

O 10º Congresso Mundial da Interncional da Educação segue até a próxima sexta-feira (2). Veja a programação completa do evento aqui

ADURN Sindicato
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