PROIFES-Federação defende colaboração internacional no Setor Educativo no 10º Congresso da IE

Publicado em 01 de agosto de 2024 às 16h03min

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Na manhã desta quinta-feira (01), a diretora de relações internacionais e de assuntos sindicais do PROIFES-Federação, Ana Boff de Godoy, em sua participação no 10º Congresso da Internacional da Educação (IE), defendeu a criação de um marco de colaboração no setor educativo entre as entidades representativas do setor, com o apoio e colaboração da IE.

“É fundamental,  por exemplo,  que possamos mapear as condições de saúde física e mental dos professores e das professoras,  bem como as suas condições de formação permanente”, afirmou a diretora.

A IE reúne organizações de docentes e outros(as) trabalhadores e trabalhadoras da educação de todo o mundo. Por meio das suas 383 organizações membros, entre elas o PROIFES, representa mais de 32 milhões de docentes e demais profissionais da educação em 178 países e territórios. O PROIFES é o único filiado do Brasil à IE que representa docentes do ensino superior.

A Federação participa do Congresso que acontece até amanhã (2), representada pelo vice-presidente, Flávio Silva; pela diretora de relações internacionais, Ana Boff de Godoy; pelo diretor de assuntos jurídicos, Oswaldo Negrão; pela diretora de direitos humanos, Rosângela Oliveira; pelo diretor de políticas educacionais, Carlos Alberto Marques; e pelo integrante do Conselho Deliberativo, Lúcio Olímpio.

Confira na íntegra a fala da diretora Ana Boff de Godoy durante o congresso: 

Resolução A6
PROPUESTA PARA IMPLEMENTAR UN
MARCO DE COLABORACIÓN EN EL SECTOR
EDUCATIVO

Propuesta por SADTU/Sudáfrica, BTU/Botsuana, NANTU/Namibia y LAT/Lesoto

En nombre de PROIFES-Federación , defendimos la propuesta de los compañeros y compañeras de Sudáfrica, Botsuana, Namibia y Lesoto, de implementación de un marco de colaboración en el sector educativo sobretudo en que toca las investigaciones.

Proifes,  como miembro de la CPLP, Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa,  (y por eso passo a hablar en portugués), defende que a Internacional da Educação deva estimular e coordenar esforços para aumentar a capacidade investigativa das organizações, incluindo as da comunidade lusófona.

Para isso, é fundamental que a IE apoie projetos e garanta estímulos financeiros.

Na minha organização, de docentes do ensino superior, há quadros capacitados com experiência e conhecimento necessário, além de vontade para contribuir para esse esforço.

A dificuldade, no entanto, é que não há, hoje, um mecanismo organizado para levar essas pesquisas a cabo, e assim, as organizações que mais precisam estar preparadas, que mais precisam ter dados, análises, pontos de partida para um debate político mais aprofundado, não têm os recursos adequados para realizar as investigações úteis e necessárias ao movimento sindical.

Não podemos nos afastar de nosso trabalho docente nas universidades,  tampouco da pesquisa científica,  para nos dedicar exclusivamente à pesquisa sindical. Precisamos, então,  de um sistema de apoio e de recursos humanos para poder fazer diagnósticos essenciais ao nosso trabalho.

É fundamental,  por exemplo,  que possamos mapear as condições de saúde física e mental dos professores e das professoras,  bem como as suas condições de formação permanente.  Outro ponto importante é sobre a permanência na profissão.  No Brasil, há uma fuga de cérebros. Docentes abandonando sua profissão, abandonando as salas de aula e também suas pesquisas, isso por conta dos baixos salários,  do baixo orçamento,  das precárias condições de trabalho e do decrescente prestígio de nossa profissão e da violência (o Brasil ocupa a triste posição de violência contra professores e professoras). E, pelo que vimos aqui a longo das falas, me parece que a fuga da carreira é um fenômeno generalizado.

É, ainda, uma demanda da comunidade lusófona da Internacional da Educação,  que a divulgação das pesquisas sejam feitas, também,  em língua portuguesa.

Aliás,  agradeço a oportunidade de falar, aqui, na minha língua. 

Fonte: PROIFES-Federação

ADURN Sindicato
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