Capes destaca protagonismo das universidades federais na produção científica, em debate organizado pela Andifes na 5ª CNCTI

Publicado em 02 de agosto de 2024 às 09h58min

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Reitores e reitoras das universidades federais brasileiras participaram do debate “As universidades públicas no Brasil: presente e futuro”, na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), realizada nesta quinta-feira, 1º de agosto, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília.

Sob a mediação da reitora Márcia Abrahão Moura (UnB), ex-presidente da Andifes, a mesa reuniu a presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho, representando o Ministério da Educação (MEC), o reitor Alfredo Gomes (UFPE), o reitor Dácio Matheus (UFABC), responsável pela relatoria do debate, Manoella Mirella, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), e o presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), Rodrigo Capaz.

A presidente da Capes iniciou o debate destacando o protagonismo das universidades federais na produção científica e tecnológica do Brasil. “É muito importante que tenhamos, nesta 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o conhecimento de que a produção científica acontece majoritariamente nas universidades públicas, com algumas exceções”, disse.

Segundo ela, 60% da ciência brasileira é produzida por 15 instituições públicas, das quais 11 são federais e quatro estaduais. “Quando olhamos para as 20 maiores universidades na produção científica, são todas universidades públicas”, afirmou.

A titular da Capes apresentou os pilares das universidades públicas – ensino, pesquisa e extensão – e acrescentou que a produção científica brasileira vem crescendo progressivamente ao lado da pós-graduação brasileira.  Ou seja, quanto maior é o número de titulados, maior é a produção científica nacional. “Existe essa estreita relação e, por isso, apresento a expansão do sistema de pós-graduação no Brasil, que está majoritariamente nas universidades públicas”, acrescentou.

A presidente da Capes mostrou, ainda, a curva ascendente dos programas de pós-graduação, a partir de 2000, em sintonia com o aumento de cursos e de número de titulados. Essa tendência positiva, porém, foi interrompida no período da pandemia, principalmente, refletindo o “subfinanciamento” da pós-graduação no governo anterior, segundo disse.

Denise Pires de Carvalho, que foi reitora da UFRJ, lembrou que na década de 1990 o sistema de pós-graduação era concentrado principalmente no Distrito Federal e nas regiões Sul e Sudeste, enquanto que no Nordeste, somente na região litorânea. “O sistema hoje atinge 323 municípios da Federação e, a partir de 2010, passamos a ter produção científica em todas as regiões do país”, comemorou.

Na mediação do debate, a reitora Márcia Abrahão Moura (UnB) destacou o protagonismo das universidades federais tanto no cenário da pesquisa nacional como no mercado internacional. No entendimento da ex-presidente da Andifes, a produção científica das instituições reflete diretamente a melhoria da qualidade de vida do brasileiro.

Carência orçamentária

Em seguida, o reitor Alfredo Gomes (UFPE), representante da Andifes no Fórum Nacional de Educação (FNE) e na Conferência Nacional de Educação 2024 (Conae), direcionou o foco para a carência orçamentária das universidades federais. Para o reitor, essas instituições precisam ter estabilidade e sustentabilidade financeira em curto, médio e longo prazos, para que seja possível assegurar qualidade de vida da população e a soberania nacional.

O reitor lembrou que as instituições enfrentam dificuldades orçamentárias consideráveis desde o governo anterior. “Sofremos muito nos últimos anos e devemos, enquanto país –, e tenho a certeza de que Denise (presidente da Capes), o ministro Camilo Santana (MEC) e o presidente Lula têm essa preocupação – achar uma forma mais perene e mais permanente de financiamento das universidades, assim como da ciência, tecnologia e inovação”, analisou.

Já o reitor Dácio Matheus (UFABC) avaliou que o debate contribui com o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas para as universidades federais.

Ainda na 5ª CNCTI, na segunda etapa desta quinta-feira, a vice-presidente da Andifes e reitora Sandra Goulart (UFMG) participou do debate sobre “Educação superior e os sistemas territoriais de inovação. O debate foi mediado pela pesquisadora Ana Cristina Fernandes (UFPE) e contou ainda com a participação de Luiz Curi (Conselho Nacional da Educação (CNE), de Elias de Pádua Monteiro (Conif), de Odilon Máximo de Morais (Uneal/Abruem) e Luiza Rangel (MCTI), como relatora.

Por fim, a reitora Joana Angélica Guimarães (UFSB) participou do debate “Formação profissional de novos pesquisadores para os novos desafios e empregabilidade. Sob a coordenação de Carol Leandro (UFPE), a mesa reuniu também a pesquisadora Flávia Calé (USP) e os profissionais Felipe Morgado (Senai), Goret Pereira Paulo (FGV) e José Goutier Rodrigues (Positivo).

 

Fonte: ANDIFES

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