Nota de repúdio contra o genocídio dos povos Guarani Kaiowá

Publicado em 09 de agosto de 2024 às 15h37min

Tag(s): Direitos humanos Indígenas Proifes-Federação



 

O PROIFES-Federação, por meio do seu GT de Direitos Humanos repudia os ataque contra os indígenas Guarani-Kaiowá que estão em retomada na Terra Indígena (TI) Panambi-Lagoa Rica, em Douradina (MS). No último final de semana, dois ataques de fazendeiros em um intervalo de pouco mais de 24 horas deixaram 11 indígenas feridos, dois deles gravemente, com tiros na cabeça e no pescoço.

O conflito teve início no dia 13 de julho de 2024, quando territórios ancestrais já delimitados, porém com a demarcação estagnada e sobrepostos por fazendas, foram retomados pelo povo Guarani-Kaiowá. Em reação, fazendeiros montaram um acampamento a poucos metros de uma das ocupações indígenas e, já em 14 de julho, balearam um homem na perna.

Os episódios de violência contra os Guarani-Kaiowá são inaceitáveis e ferem os direitos humanos, a dignidade e a integridade física e cultural desses povos. As ações brutais e covardes contra os indígenas, que incluem agressões físicas, ameaças e destruição de propriedades, evidenciam a histórica violação dos direitos territoriais indígenas no Brasil.

Cabe destacar que a Constituição Federal reconhece o direito dos povos indígenas às suas terras tradicionais, sendo dever do Estado garantir a segurança e a preservação dos direitos desses povos.

Desta forma, o GT de Direitos Humanos do PROIFES ressalta a importância do fortalecimento das políticas públicas de demarcação e proteção territorial, bem como da promoção de ações de inclusão social que respeitem e valorizem a diversidade cultural e étnica dos povos indígenas brasileiros.

Por fim, o PROIFES manifesta solidariedade ao povo Guarani-Kaiowá, reafirmando seu compromisso com a defesa dos direitos humanos, do respeito à diversidade e da promoção da justiça social. Não nos calaremos diante da violência e da opressão que visam enfraquecer a luta legítima dos povos indígenas por seus direitos.

Fonte: PROIFES-Federação 

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