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ADURN-Sindicato
Publicado em 19 de agosto de 2024 às 15h33min
Tag(s): Cortes na Educação Nota da Diretoria
Menos de dois meses após a retomada dos/as docentes às atividades letivas, o Governo Federal anunciou no início de agosto o contingenciamento de R$3,8 bilhões e o bloqueio de R$11,2 bilhões no seu orçamento. Apesar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ainda não ter anunciado qual o impacto dessa medida na instituição, a decisão já apresenta consequências em diversas instituições federais de ensino, uma vez que, do total anunciado, R$1,2 bilhões foram bloqueados do Ministério da Educação (MEC). O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por sua vez, teve um bloqueio de R$76,2 milhões.
A diretoria do ADURN-Sindicato vê com apreensão a atitude adotada pelo Governo, entendendo que esta coloca em risco a qualidade da Educação, da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Além disso, é importante destacar que há uma preocupação crescente com a possibilidade de aumento nas taxas de evasão estudantil e a redução de oportunidades educacionais para jovens de baixa renda, que dependem fortemente do acesso às universidades públicas.
As universidades federais desempenham um papel crucial na formação de profissionais e na produção de conhecimento científico e tecnológico. Não são apenas centros de ensino, mas também pilares da democracia e da inovação, fundamentais na promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo do país. Diante disso, é inadmissível que nossas instituições sigam enfrentando desafios para manter suas atividades com recursos financeiros significativamente reduzidos.
Nós que fazemos a diretoria do ADURN-Sindicato, reconhecemos os avanços para a Educação que já obtivemos neste ano, mas diante de mais um bloqueio, entendemos que se faz urgente um debate aberto e transparente sobre as prioridades nacionais e a necessidade de garantir que a Educação continue sendo uma prioridade estratégica para o desenvolvimento do Brasil. É imperativo que o governo passe a considerar alternativas que equilibrem a necessidade de ajuste fiscal com a preservação da integridade e da missão das universidades federais.
Convidamos os professores e professoras, por sua vez, para se engajar ativamente no debate e na construção de soluções que assegurem a continuidade da excelência acadêmica e da inclusão social no sistema de ensino superior. Sigamos na luta!
A Diretoria