Publicado em 20 de agosto de 2024 às 10h36min
A Rede Andifes Idiomas sem Fronteiras (Rede Andifes IsF), com cinco anos de existência, ofertará neste segundo semestre um número inédito de vagas para cursos de idiomas a estudantes das universidades federais. Serão 5,4 mil vagas para cursos gratuitos, no formato virtual, em sete idiomas: alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês e português para estrangeiros, em consonância com as políticas de internacionalização das universidades credenciadas.
A coordenadora nacional da Rede Andifes IsF, Denise Abreu e Lima, afirma que o crescimento recorde na oferta de cursos neste semestre supera a marca histórica semestral (de 3 a 4 mil vagas) em razão da alta demanda por esses cursos gratuitos. As inscrições para o curso neste semestre foram encerradas em 7 de agosto de 2024.
Para Denise Abreu e Lima, a procura poderia ter sido ainda maior se não fossem alguns problemas técnicos. “Tivemos muita procura, mas, infelizmente, devido a problemas técnicos nos formulários, não atingimos a marca histórica de inscrições. Precisamos buscar soluções para que esses problemas não se repitam em 2025 e que a nossa campanha atenda completamente à demanda pelos cursos”, estima.
Com 59 universidades federais credenciadas e 289 especialistas nos sete idiomas, a Rede Andifes IsF foi iniciada em 2019, após o Ministério da Educação (MEC) transferir para as universidades federais as demandas linguísticas do extinto Programa Ciência sem Fronteiras. Ou seja, Andifes permitiu que as ações da Rede IsF se mantivessem ativas, ampliando o acesso de especialistas e das comunidades acadêmicas nos cursos por intermédio das Ofertas Coletivas.
O programa é financiado com recursos específicos e que são atrelados à matriz orçamentária de cada instituição. Sob essa ótica, as universidades federais concedem bolsas a professores do IsF, especialmente a alunos de Letras em processo de formação, sob a orientação de docentes especializados em idiomas sem fronteiras. Na prática, esses alunos estudam, aprimoram-se e ministram aulas, de forma supervisionada, para toda a comunidade das IES credenciadas, segundo Denise Abreu e Lima.
Desafios
A coordenadora nacional da Rede Andifes IsF, Denise Abreu e Lima, destaca a importância do programa e apontou quatro desafios para a consolidação dessa ferramenta que ela considera de extrema importância para proficiência na comunidade acadêmica.
O primeiro desafio é o que ela chama de “político”, envolvendo a institucionalização das ações da rede, independentemente do partido político no poder. O segundo desafio é o “tecnológico”, que envolve a criação de um sistema de gestão para unificar e garantir transparência ao processo. “Realizamos toda a gestão de forma organizada e coletiva, mas ainda sem um suporte tecnológico adequado para a demanda que temos”, afirma.
O terceiro desafio é a ampla divulgação da Rede IsF para atrair mais interessados ao programa. Já o quarto desafio é a garantia do financiamento. “A demanda pelos cursos é muito maior do que nossa capacidade de atendê-la e não temos bolsas suficientes para contratar mais professores”, destaca.
Avaliação de estudantes
A estudante Kleyssa da Silva Celestino, do Programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), beneficiária dos cursos de Espanhol, Inglês e Japonês, diz ter conhecido o programa pelas redes sociais e o considera de extrema importância para o mundo acadêmico.
Doutorando do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), André Vinícius, por fim, enaltece o conhecimento adquirido no decorrer do curso.
“O IsF representa o cruzamento de fronteiras. Com as aulas, foi possível conhecer diferentes aspectos da língua e da cultura de diversas regiões do mundo. As metodologias utilizadas incentivam a participação ativa dos estudantes, tornando a aprendizagem mais eficaz”.
Fonte: ANDIFES
