Projeto de extensão da UFRN promove saúde mental nas escolas públicas de Natal

Publicado em 21 de agosto de 2024 às 14h43min

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O projeto de extensão Saúde Mental na Escola: Construindo Possibilidades Pedagógicas é uma iniciativa do Centro de Educação (CE) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Na última quinta-feira, dia 15 de agosto, ocorreu  uma ação no Centro Estadual de Educação Profissional João Faustino (CEEP), formalizando a parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Rede Pode Falar, promovendo sua divulgação e desenvolvendo ações de prevenção em saúde mental.

A visita foi realizada pela supervisora da Rede Pode Falar, a professora Kátia Regina Lopes Costa Freire, junto aos bolsistas do projeto, com o objetivo de divulgar possibilidades de acolhimento virtual, fazer uma intervenção explicando o que é saúde mental, promover o autocuidado e divulgar redes de apoio.

O programa inclui outras modalidades de ação, como pesquisas e publicações sobre a temática e discussão voltada à saúde mental dos professores e, recentemente, o início de uma consultoria colaborativa em parceria com o CEEP João Faustino, visando à formação de um grupo consolidado de professores, técnicos e alunos para gerar discussões sobre saúde mental e elaborar propostas pedagógicas de orientação para prevenção. Uma das metas é eleger representantes adolescentes para atuar como delegados de saúde mental e discutir as políticas públicas para sua faixa etária.

A professora Kátia Regina, destaca a importância de abordar o viés educativo e preventivo da saúde mental, tendo em vista que a escola não deve apenas reagir aos problemas de sofrimento psíquico, mas também atuar preventivamente. Dado que os alunos passam mais tempo na escola do que em casa, e que as relações estabelecidas no ambiente escolar podem contribuir para o adoecimento psíquico.

Sobre a Rede Pode Falar

A Rede Pode Falar foi criada pelo UNICEF no início de 2022, em resposta ao aumento alarmante do adoecimento psíquico entre adolescentes e jovens. Esse movimento foi impulsionado por dados preocupantes do relatório Situação Mundial da Infância 2021 – Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças, também desenvolvido pela UNICEF. O relatório destacou a saúde mental como uma prioridade urgente para intervenções, pois entre os dados apresentados, foi revelado que uma em cada sete crianças e adolescentes possui diagnóstico de transtorno mental, e quase 46 mil morrem por suicídio a cada ano, fazendo deste uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária. 

A proposta é oferecer uma escuta acolhedora aos adolescentes e jovens entre 13 e 24 anos. Atualmente, a rede é composta por mais de 20 instituições, incluindo federais, estaduais e particulares. No Rio Grande do Norte, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) são participantes.

Além das visitas e do canal virtual, o projeto ainda conta desenvolvimento e publicação de pesquisas na área de saúde mental ligada à educação, uma linha de estudo ainda pouco abordada por essa área. Para o próximo ano, existe o planejamento da elaboração de um trabalho com olhar específico para a infância e a criação de curso/evento para professores com foco na saúde mental e educação.

As escolas públicas interessadas em participar do projeto podem entrar em contato para agendar uma visita. Para saber mais sobre a Rede Pode Falar, acesse o site oficial e acompanhe as atualizações da Saúde Mental na Escola através do Instagram

 

Fonte: UFRN

ADURN Sindicato
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