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Publicado em 06 de setembro de 2024 às 10h18min
Tag(s): Ato Político
Neste sábado, 7 de Setembro, será realizada a 30ª edição do Grito dos Excluídos, mobilização que reúne movimentos populares, organizações sociais e entidades sindicais, ente elas a CUT, com o objetivo de dar voz às pautas de segmentos minorizados da sociedade como a população negra, os indígenas, mulheres, LGBTQIA+, população em situação de rua, movimentos que lutam por moradia dignam entre vários outros.
O Grito nasceu no Brasil a partir da atuação das pastorais sociais ligadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e se firmou como um espaço de denúncia das desigualdades sociais. Todos os anos, ele ocorre no Dia da Independência, ocupando ruas e praças, justamente para que se possa fazer uma reflexão à data sobre a real independência da população.
Por conta da proximidade das eleições municipais, a atividade pode ganhar um caráter político, alertando sobre as consequências do voto em candidatos extremistas que se apresentam como “salvadores da pátria”.
Atos serão realizados em várias cidades do país. Veja os locais abaixo.
Luta
Neste ano, o lema do Grito dos Excluídos é “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. O secretário de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT, Milton Rezende (Miltinho), explica que durante todos os anos a mensagem foi sobre a necessidade se superação das desigualdades, de ter um olhar do processo de exclusão social ainda existente no país.
“Alguns temas já existiam desde 1995, mas tomaram força nos últimos anos como a fome, a proteção à vida, o meio ambiente, relacionado à crise ambiental, que tomou grandes proporções este ano, além da intolerância não só política, mas a social que exclui e oprime segmentos da sociedade. Há toda uma agenda que achamos ter superado na década passada, mas que voltaram com força nos últimos anos, com um governo de extrema direita que provocou uma destruição na vida das pessoas mais vulneráveis”, diz Miltinho.
Portanto, diz o dirigente, a pergunta é “para quem importa salvar essas vidas?”. A marca importante, ele prossegue, é a ideia de superar o patriotismo passivo hoje visto na sociedade. “O que a gente quer é trazer o conjunto da sociedade para uma ação e cidadania ativa, acima de tudo levando em consideração os problema sociais que vivemos”, diz.
O grito envolve organizações, movimentos, entidades religiosas, ou seja, um espaço de toda a base e luta social pra dizer que precisamos de uma outra consciência política, de uma nova ordem mundial, não só no Brasil. E a consciência de que as políticas neoliberais só trazem mais adoecimento, mais desemprego
Miltinho ainda ressalta que o capitalismo tenta resolver seus problemas “com mais capitalismo, comais exclusão, não olhando para a vida das pessoas, olhando somente o lucro e pela ordem mundial do próprio sistema”.
Atos
Tradicionalmente, em São Paulo, o Grito dos Excluídos é realizado na Praça Osvaldo Cruz, na Avenida Paulista, próximo à estação Paraíso do Metrô. No entanto, ao articular a mobilização coma Polícia Militar de São Paulo, os movimentos foram informados de que o local – a Avenida Paulista – estaria já reservada para manifestações da extrema direita.
Por conta dessa negativa, os movimentos deliberaram por realizar o ato na Praça da Sé, a partir das 9h. Veja outros locais abaixo:
RIO DE JANEIRO
MINAS GERAIS
Também em Belo Horizonte, anto a partir das 8h, no Centro de Convívio Luizinha Gonçalves (Rua D, 119, Vila Atlântida);
SÃO PAULO
BAHIA
- 6/9 – VIII Gritinho da Suburbana na Associação Vinte de Novembro, Bairro Paripe/Cocisa.
- 7/9 – Gritinho das Crianças e Adolescentes do Subúrbio Ferroviário de Salvador. Concentração às 8h30 no Campo Grande.
ALAGOAS
MARANHÃO
CEARÁ
PERNAMBUCO
RIO GRANDE DO NORTE
PARAÍBA
DISTRITO FEDERAL
MATO GROSSO
MATO GROSSO DO SUL
GOIÁS
PARANÁ
SANTA CATARINA
AMAPÁ
ACRE
RORAIMA
RONDÔNIA
Fonte: CUT