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Publicado em 31 de outubro de 2024 às 17h11min
Tag(s): Educação Internacional Seminário
Carlos Alberto Marques, Diretor de Políticas Educacionais do PROIFES, coordenou a mesa sobre carreira e valorização do magistério, reforçando a importância de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da educação e à valorização dos docentes. “Este seminário tem sido muito positivo, integrando entidades sindicais que têm muito em comum”, destacou Carlos Alberto na manhã de quarta-feira (30), ao abordar temas fundamentais para a carreira docente e a necessidade de uma política contínua de valorização dos profissionais da educação.
Durante o evento, foi aprovada a criação de um observatório sindical de países de língua portuguesa para acompanhar as políticas públicas de educação, visando intervenções estratégicas para a melhoria do setor.
Além da valorização docente, foram discutidas preocupações ambientais e uma proposta de reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), visando incluir os países lusófonos, como o Brasil, no Conselho de Segurança e reconhecer o português como língua oficial da ONU. Carlos Alberto apresentou ainda um vídeo institucional da CPLP e da Internacional da Educação sobre mudanças climáticas, destacando o papel dos professores nesse contexto de transformação.
O diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva, também participou das mesas de debate, ressaltando questões importantes para a carreira docente no ensino superior no Brasil, como o processo de ingresso e a distribuição de recursos, e defendendo a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabeleceria uma data-base para os docentes.
Debates sobre a escassez de professores
Outro tema central do seminário foi a escassez de professores e a precarização da carreira docente, pautado em dados do Relatório da UNESCO que apontam uma alarmante falta de educadores em diversos países, incluindo o Brasil. Guilherme Sachs, membro do Conselho Deliberativo do PROIFES, reforçou que este “apagão” de docentes só poderá ser enfrentado com investimentos significativos e com a valorização da profissão. “É fundamental entender a educação como um projeto estratégico de desenvolvimento do Estado”, afirmou.
A segunda-secretária do PROIFES, Adnilra Sandeski, alertou sobre a alta proporção de professores temporários, que chega a representar até 80% do quadro em algumas regiões, o que afeta diretamente a qualidade do ensino. “Precisamos avançar na valorização dos professores e garantir o cumprimento do piso salarial. É fundamental fortalecer a educação brasileira e repensar seu financiamento, com mais investimentos na contratação de docentes”, afirmou.
Carta do PROIFES-Federação
O PROIFES-Federação apresentou também um documento aprovado pela Diretoria executiva da entidade com propostas a serem incorporadas à carta final do Seminário, em que são defendidos dez pontos:
Além de Carlos Alberto Marques, participaram do Seminário representando o PROIFES a diretora de Direitos Humanos, Rosangela Oliveira; o diretor de Ciência e Tecnologia, Ênio Pontes; o diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva; a segunda-secretária, Adnilra Sandeski; e os integrantes do Conselho Deliberativo Dárlio Teixeira, Lúcio Olímpio, Guilherme Sachs e Geovana Reis.
Com informações da APUFSC e SINDEDUTEC
Fonte: PROIFES-Federação