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ADURN-Sindicato
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 10h24min
Tag(s): 8 de janeiro APUB Opinião
A Apub que nasceu, em 1968, na luta contra o arbítrio da ditadura militar considera o abraço à democracia, em 8 de janeiro, como parte de sua luta.
Para um país que ainda não construiu consenso sobre os significados da ditadura militar, que encobriu o desaparecimento de opositores ao regime com um manto espesso de indiferença e silêncio, que anistiou e proveu com generosas aposentadorias os principais agentes da violência de Estado daquele período, tornar a data uma efeméride é desafiador. Não se pode esquecer que na sessão de votação do impeachment da então Presidenta Dilma Rousseff, o deputado que usou seu voto para homenagear um militar torturador, foi, depois, eleito Presidente da República.
A construção de nossa memória coletiva sobre esse período, tanto quanto o cumprimento da justiça de transição, são até aqui tarefas precariamente realizadas e ainda em curso. As revelações da Polícia Federal sobre o chamado “Plano verde e amarelo” não deixam dúvidas de que nossa democracia foi ameaçada e a conjuntura local e global indica que o risco permanece.
Rememorar o 8 de Janeiro na intenção de torná-lo um monumento em defesa da Democracia é um exercício político a ser realizado por todas e todos que compreendem o valor da liberdade e da pessoa humana e seus direitos. É urgente que os agentes políticos do campo democrático mantenham a disposição para o diálogo construtivo com as mais amplas parcelas da população. Saber que 86% (segundo pesquisa Genial/Quaest, um percentual que já foi 94% e depois 89%) desaprovam o quebra-quebra daquele domingo de 2023 é alentador, mas ainda insuficiente. É da Democracia que estamos falando e ela precisa fazer sentido para todo mundo.
A APUB evoca a data com sentimento de urgência e se junta a muitas outras vozes!
Lembrar para que não se repita! Sem anistia para golpista!
Raquel Nery – Presidente da Apub Sindicato
Fonte: APUB-Sindicato