Publicado em 21 de março de 2025 às 14h41min
Tag(s): Igualdade racial
No dia 21 de março de 1960, na África do Sul, o regime do apartheid mostrava mais uma vez sua crueldade. Durante um protesto pacífico contra as leis que restringiam a circulação da população negra, a polícia abriu fogo contra manifestantes desarmados, resultando no assassinato de 69 pessoas em Sharpeville. Em memória desse massacre, a ONU declarou a data como o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, um chamado global para enfrentar o racismo estrutural e suas inúmeras formas de opressão.
No Brasil, a discriminação racial não é um capítulo do passado, mas uma realidade que se mostra nos índices de violência, na desigualdade econômica e no acesso restrito a direitos fundamentais. O racismo institucional atravessa as universidades, o mercado de trabalho e as políticas públicas, exigindo ações concretas para garantir equidade. A luta do movimento negro tem sido determinante para conquistas como a política de cotas, mas os ataques a essas políticas e o apagamento da história dos povos negros demonstram que nada está garantido sem resistência.
O ADURN-Sindicato reafirma seu compromisso com a luta antirracista, defendendo uma universidade pública inclusiva, que valorize a produção acadêmica negra e combata o racismo dentro e fora do ambiente acadêmico. Mais do que uma data no calendário, o 21 de março é um lembrete de que só haverá democracia plena quando o combate ao racismo for uma prioridade real da sociedade.
