UFRN cria GT para estabelecer Política Institucional de Equidade de Gênero

Publicado em 31 de março de 2025 às 10h46min

Tag(s): Gênero UFRN



Identificar e sugerir medidas institucionais de curto, médio e longo prazo para promover a equidade de gênero no âmbito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Esse é o objetivo do Grupo de Trabalho (GT) instalado oficialmente nesta sexta-feira, 28, em um ato realizado na Sala dos Colegiados, com a presença do reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo.   A atual gestão central da UFRN tem o mesmo número de mulheres e homens à frente das pró-reitorias. Silvana Zucolotto, pró-reitora da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), lembrou o momento do convite para assumir a pasta. “Quando o reitor me chamou, eu disse que uma das minhas primeiras ações seria lançar o edital “mães pesquisadoras”. Fizemos isso no ano passado e esperamos expandir esse apoio para mães servidoras técnico-administrativas e alunas de iniciação científica”, revelou Silvana.

Mirian Dantas dos Santos, pró-reitora da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp), ressaltou a participação diversa e representativa das integrantes do GT Equidade de Gênero. “Temos aqui pesquisadoras, técnicas, alunas, professoras, representantes de todas as pró-reitorias. A UFRN já desenvolve estratégias e intervenções importantes com a perspectiva da igualdade de oportunidade, mas precisava de um grupo de trabalho com essa formação para de fato avançarmos na equidade de gênero”, lembrou Mirian. 

O GT será conduzido por Gilvânia Morais, diretora de Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho (DAS/Progesp), e pela professora do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais, Luana Dias Myrrha, representando os docentes da UFRN.  “Já estamos fazendo os estudos, análises e adequações do diagnóstico de gênero. Paralelamente, e considerando os dados levantados, vamos nos reunir com as diversas esferas de participação na UFRN para construirmos essas ações de maneira coletiva”, afirmou Gilvânia. 

Para a professora Luana, esse é um momento histórico. Ela lembrou que o menor percentual de mulheres com doutorado, tanto entre as docentes como entre as servidoras técnicas, evidencia uma desigualdade, consequência da maior dificuldade das mulheres em progredir via titulação. “Essa realidade deriva de várias questões, uma das principais é a divisão desigual do trabalho . A gente tem homens valorizados na esfera produtiva, mas as mulheres eram tidas como as responsáveis pelo cuidado dos domicílios, e isso se perpetuou mesmo com a inserção significativa das mulheres no mercado de trabalho. Essa conta não fecha. As mulheres têm uma jornada de trabalho excessiva e isso, é claro, impacta na produção dentro das universidades. A UFRN está na vanguarda por promover um GT que discute ações que de fato possam ter uma efetividade na promoção da igualdade de gênero dentro dos nossos espaços”, concluiu Luana. 

A estudante de Ciências Sociais, Ana Lívia de Lima, coordenadora de mulheres do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFRN), defendeu um levantamento de dados para traçar um perfil das alunas que também são mães e entender as necessidades dessas estudantes. “A gente encabeça a luta por creches universitárias, por cirandas infantis para acolher as crianças enquanto as mães estudam”, lembrou Ana Lívia.  

O reitor destacou o papel das pró-reitoras e das mulheres ocupantes de cargos de liderança na atual gestão e falou da importância que as universidades têm em ser exemplo na luta pela equidade de gênero.  “Nosso grande desafio é envolver toda a comunidade, fazer com que a discussão chegue a pessoas que estão distantes dessa causa e que o respeito e a valorização da mulher sejam parte da cultura institucional da UFRN”, concluiu. 

Fonte: Portal da UFRN

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