CTB condena veto ao fim do fator previdenciário

Publicado em 17 de junho de 2010 às 12h07min

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Na manhã da última terça-feira (15) o presidente Lula chegou a uma decisão: sancionou o reajuste de 7,72% para aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo e vetou o fim do fator previdenciário, o injusto cálculo que há tantos anos causa prejuízos ao bolso do trabalhador brasileiro.
A decisão sobre o reajuste foi saudada pelos sindicalistas como uma vitória do movimento sindical e da Confederação Nacional dos Aposentados e Pensionistas (Cobap) e uma derrota para alguns setores do governo que defendiam um índice menor, mas o veto ao fim do fator previdenciário foi condenado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
A luta continua
Na opinião de Wagner Gomes, presidente da CTB, a decisão presidencial é uma real demonstração de sensibilidade social para todos aqueles trabalhadores que dedicaram uma grande parte de suas vidas para a construção desse país. “Contudo, para nós, que tanto lutamos pela derrubada do fator previdenciário, seu veto representa um retrocesso. A luta continua!”.
Foram muitas as campanhas, atos e mobilizações, em Brasília e nos Estados, promovidos pelo movimento sindical, para acabar com um injusto mecanismo criado pelo governo neoliberal de FHC para obrigar trabalhadores a se manterem por mais tempo no mercado de trabalho. Prejudicando aqueles que começaram a trabalhar prematuramente, ou seja, os mais pobres.
Para além de 2010
Durante esse tempo, a classe trabalhadora obteve vitórias históricas com a aprovação da medida na Câmara e no Senado Federal, conquistadas através da unidade consolidada entre as centrais sindicais e os aposentados, que juntos realizaram vigílias, atos e marchas como forma de pressionar o Congresso Nacional a aprovar as propostas, tão importantes para a população brasileira.
“O momento, agora, é de intensificarmos mais uma vez nossa mobilização, já que o valor aprovado se refere apenas ao ano de 2010. A nossa luta não se resume apenas ao aumento, mas sim, por uma política permanente de valorização das aposentadorias”, ressaltou Wagner Gomes .
Resultado do trabalho das centrais, o projeto - aprovado na 2ª Conclat, prevê a extinção do fator previdenciário, bem como o estabelecimento de uma política de valorização e recuperação dos benefícios dos aposentados e pensionistas, semelhante à política que hoje beneficia o salário mínimo.
Nesse contexto, as centrais se reunirão na próxima semana para debater e estabelecer saídas para o impasse criado.

CTB -

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