ADURN apóia debate sobre Amazônia Azul na SBPC

Publicado em 28 de julho de 2010 às 10h53min

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Na próxima quarta-feira, 28, a Fundação Maurício Grabois e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), com apoio da ADURN, Agência Nacional de Petróleo e Sindipetro, promovem a mesa redonda A Amazônia Azul e o Projeto Nacional de Desenvolvimento. O debate objetiva contribuir para as discussões da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ajudando a formar opinião sobre o tema central proposto.
O encontro integra a programação do 2º Salão Nacional de Divulgação Científica, e terá como palestrantes o Presidente da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima, o Contra-Almirante Ilques Barbosa Junior, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, o professor da Escola de Química da UFRJ, Peter Seidl, e o dirigente nacional da Federação Única dos Petroleiros, Divanilton Pereira.
Para o coordenador da mesa, Fábio Palácio de Azevedo, Diretor de Comunicação e Publicações da Fundação Maurício Grabois, “a discussão, realizada em uma importante cidade costeira do país, diretamente afeta ao tema, e tem grande significado para o desenvolvimento, ainda mais no momento em que se discute o destino dos vultosos recursos a serem arrecadados com a exploração das riquezas minerais da chamada camada do pré-sal”.
O Brasil é um país com vocação marítima e o mar possui destacada relação com o desenvolvimento nacional. Atualmente, de acordo com os dispositivos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), o Brasil possui um território marítimo de cerca de 3,6 milhões de km2. Pleiteia, ainda, junto à ONU um acréscimo de 900 mil km2 a essa área. Caso seja aceita a proposta, o território marítimo alcançaria quase 4,5 milhões de km2 – o equivalente a 50% do espaço terrestre nacional. Uma área maior que a da Amazônia brasileira. Na verdade, uma outra Amazônia, tão grande e rica quanto: a Amazônia Azul.
Por meio dela, o Brasil realiza 95% de seu comércio exterior (importações mais exportações). Além de importante meio de transporte, essa extensão costeira é explorada como fonte de recursos naturais, boa parte deles descobertos com o auxílio da Ciência & Tecnologia nacional.
É da Amazônia Azul que o Brasil retira 80% do petróleo que produz, número que deverá crescer ainda mais com as recentes descobertas na camada do pré-sal. As milhas oceânicas também são fonte de outros recursos minerais – como gás, ligas metálicas e materiais como areia, cascalhos e argilas, utilizados no artesanato e na construção civil. Há, ainda, o pescado e toda a riqueza dos recursos biotecnológicos que podem ser explorados. Do ponto de vista econômico, as milhas oceânicas têm ainda grande potencial para a indústria do lazer, podendo ser utilizadas para o turismo marítimo e os esportes náuticos.
“Por isso é cada vez mais necessário, nos dias de hoje, amplificar as ações voltadas à proteção da Amazônia Azul. Ela irá requerer, antes de tudo, o minucioso conhecimento dessa área, o que mais uma vez nos remete à necessidade de mais e melhores políticas científicas, em particular no que concerne às Ciências do Mar. Um imperativo à qual os cientistas brasileiros parecem atentos, a julgar pela oportunidade com trazem o tema para centro desta 62º Reunião da SBPC”, ressalta Fábio Palácio.
 

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