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Publicado em 30 de julho de 2010 às 16h43min
Tag(s): Lançamento
Nesta quarta-feira, 28, o escritor e jornalista, Urariano Mota, lançou o seu livro “Soledad no Recife”. A solenidade aconteceu na Livraria da Cooperativa Cultural, e contou com a participação do presidente da ADURN, João Bosco Araújo, e do professor e cientista político, José Antonio Spinelli, entre outros professores da universidade, estudantes e visitantes da SBPC.
"Soledad no Recife", livro publicado pela Boitempo, recria os últimos dias de Soledad Barrett no Recife em 1973, quando foi traída e entregue para a morte pelo marido, o Cabo Anselmo.
Com um texto poético que percorre as veredas dos testemunhos e das confissões, o escritor Urariano Mota revive neste romance a passagem da militante paraguaia Soledad Barret pelo Recife, em 1973, e a traição que culminou em sua tortura e assassinato pela ditadura militar. Delatada pelo próprio companheiro Daniel, conhecido depois como Cabo Anselmo, Soledad morre com um grupo de militantes socialistas, na capital pernambucana, pelas mãos da equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. O episódio, conhecido como "O massacre da chácara São Bento", revelou-se um extermínio calculado, bem diferente do confronto armado que a mídia, censurada, divulgou. Com caderno fotográfico, o livro traz ainda outras homenagens à Soledad, como o poema de Mario Benedetti, "Muerte de Soledad Barret".
A trama real inspira o romance em que Urariano Mota - com a propriedade de que viveu e sobreviveu aos anos pós 1964 - resgata os vestígios da traição arquitetada contra Soledad e contra o País naqueles tempos, com o olhar reflexivo de quem se volta ao passado. A vida e morte de Soledad é um forte contraponto a “história oficial” propagada pela mídia na época e um testemunho da violência do Estado.
Nas palavras de Flávio Aguiar, que assina a apresentação da obra, Soledad no Recife é a recuperação de uma história, “como preito àquelas vidas que se doaram e foram ceifadas pela traição inesgotável que foram o golpe e à ditadura de 1964 ao seu próprio país – traição espelhada na de Anselmo ao amor que, sabe-se lá por que, despertou em Soledad”.
Sobre o autor
Urariano Mota, 59 anos, é natural de Água Fria, subúrbio da zona norte do Recife. Escritor e jornalista, publicou contos em Movimento, Opinião, Escrita, Ficção e outros periódicos de oposição à ditadura. Atualmente, é colunista do Direto da Redação e colaborador do Observatório da Imprensa. As revistas Carta Capital, Fórum e Continente também já veicularam seus textos. Autor de Os corações futuristas (Recife, Bagaço, 1997), um romance de formação, que se passa sob a ditadura de Emílio Garrastazu Médici (1969–1974).