Greve de 1,3 milhão de funcionários públicos paralisa a África do Sul

Publicado em 20 de agosto de 2010 às 09h29min

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Funcionários sul-africanos prosseguiam nesta quinta-feira (19) com uma greve por tempo indefinido, iniciada na quarta-feira, e protagonizaram os primeiros incidentes ao tentar entrar em um hospital de Johannesburgo, enfrentando a polícia.
Cerca de 1,3 milhão de funcionários já aderiram à greve para obter aumentos salariais. Os funcionários do setor da saúde, assim como policiais e agentes dos serviços de imigração, não podem fazer greve. No entanto, alguns funcionários do hospital de Johannesburgo se uniram à paralisação e tentaram convencer os colegas a fazer o mesmo, dando início aos distúrbios.
"A greve é ilimitada. Ela prosseguirá até que o governo responda as nossas reivindicações", declarou Fikile Majola, secretário geral do Sindicato do sector da Educação e da Saúde.
Os sindicatos pedem um aumento salarial de 8,6% e uma ajuda mensal para a moradia de 1.000 rands (137 dólares). O governo propõe 7% de aumento e 700 rands de subsídio aos trabalhadores.
Os sindicatos, que tiveram um papel importante durante a luta contra o Apartheid, representam-se como aliados chave para o partido no poder, o Congresso Nacional Africano (CNA).
Entretanto, nos últimos tempos surgiram tensões sobre a questão dos salários e a política econômica do país.
Em 2007, centenas de milhares de funcionários realizaram uma greve de um mês, também por melhores salários. As escolas tiveram de fechar e os hospitais funcionavam lentamente com a ajuda do exército e de voluntários.
Essa greve foi a mais longa da África do Sul desde o fim do Apartheid em 1994.
Truculência
A polícia sul-africana usou munição de borracha para dispersar manifestantes que bloqueavam vias públicas em meio à greve desta semana.
Na semana passada, os sindicatos já haviam feito uma greve de advertência por melhores salários durante um dia. A nova greve, iniciada na quarta-feira, é por tempo indeterminado.
Portal CTB
 

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